O principal assunto discutido em Formiga desde a semana passada é o horário de atendimento dos médicos nos postos de saúde. A polêmica é que eles deveriam trabalhar oito horas por dia, conforme foi determinado no edital do concurso público de 2007. Porém, existem profissionais que, conforme informações dos responsáveis pela Secretaria Municipal de Saúde, trabalham apenas meia, uma ou duas horas por dia.
Esta semana, na reunião da Câmara Municipal, os vereadores propuseram que seja feito um amplo debate com representantes da Secretaria de Saúde, da Câmara Municipal, do Ministério Público, os médicos, o Conselho Municipal de Saúde, a Associação Médica de Formiga e a imprensa, para que as discussões sejam divulgadas à população.
O presidente da Câmara, Reginaldo Henrique dos Santos/PCdoB, disse que foi procurado por diversos dentistas que reclamam da falta de materiais básicos nos postos de saúde, como materiais de sutura, anestésicos e luvas, e que corre-se o risco de, a partir desta sexta-feira (29), não ter mais atendimento odontológico, pois os dentistas poderiam fazer greve.
Dr. Reginaldo, que também é presidente da Associação Médica, disse que os vereadores vão se reunir com o Ministério Público, mas, primeiro, irão conversar com o prefeito Aluísio Veloso/PT e ver a postura dele, se ele quer debater a questão. ?Tem que olhar o lado da população, que tem que ser bem atendida, mas olhar o lado do médico, que tem que ter um salário digno para a exigência de certos horários?, enfatizou.
Foi discutida também a possibilidade de se demitir todos os médicos e fazer um novo concurso público, para jornada menor.
Há denúncias de que, mesmo com o registro do ponto, médicos estariam deixando as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e voltando no final do expediente para ?bater o cartão?. Também chegaram informações à redação de que médicos já estariam pedindo demissão por não terem condições de cumprir uma jornada de oito horas nos postos de saúde, já que muitos trabalham em consultórios particulares e como plantonistas na Santa Casa e no Pronto Atendimento Municipal. Surgiu até a denúncia de servidores que fazem pós-graduação e que não comparecem ao trabalho sem avisar.
Uma nova medida foi anunciada esta pelos responsáveis da Secretaria de Saúde: a afixação do nome e horário de trabalho dos médicos, assim como dos demais servidores dos Programas de Saúde da Família (PSF?s).
A secretária de Saúde, Luiza Flora, justifica que essa medida foi tomada pela equipe administrativa e que obedece ao Plano Diretor.

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