O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acionou a justiça e entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) em defesa da Serra do Curral, em Belo Horizonte, na divisa com o município de Nova Lima. A instituição pede a imediata suspensão do licenciamento ambiental e ressalta ilegalidades no empreendimento minerário.
“Dentre as ilegalidades citadas na ação há menção à fragmentação irregular do empreendimento para buscar modalidade licenciatória mais flexível; ausência de participação efetiva das comunidades; falta de estudos essenciais à segurança hídrica e ambiental, além da inexistência de estudos relacionados à Política Estadual de Segurança de Barragens”, pontua o MPMG.
O plano da Tamisa inclui a exploração da região da Fazenda Ana da Cruz, na divisa entre Nova Lima e a capital. O terreno está próximo ao Pico Belo Horizonte, ponto mais alto da serra. O processo tem duas etapas: na primeira, espera-se extrair 31 milhões de toneladas de minério de ferro ao longo de 13 anos. Já a segunda fase consiste na lavra de 3 milhões de toneladas de itabirito friável rico, com dois anos de implantação e nove de operação.