Depois de 1064 dias de espera, o Cruzeiro pôde, enfim, colocar um ponto final em sua passagem pela Série B do Campeonato Brasileiro. Com a presença de Ronaldo Fenômeno, gestor da SAF do clube, e o apoio de mais de 61 mil torcedores no Mineirão, nesse domingo (6), a Raposa venceu o CSA por 3 a 2, de virada – resultado que rebaixou a equipe alagoana à Terceira Divisão – no jogo da entrega da taça de campeão.
A festa no Gigante da Pampulha ficou completa quando o zagueiro Eduardo Brock ergueu o troféu do torneio nacional. A conquista foi a 79ª oficial do Cruzeiro na história e a 42ª taça erguida na principal praça esportiva do estado.
O time comandado pelo técnico Paulo Pezzolano viu o adversário sair na frente no placar logo aos 21 minutos com Lourenço, mas foi buscar a reação. De cabeça, Geovane Jesus deixou tudo igual ainda no primeiro tempo. Lucas Barcelos colocou o CSA novamente em vantagem no segundo tempo, porém o Cruzeiro conseguiu reverter o placar com Rômulo e Luvannor.
O Cruzeiro fechou a sua campanha na Segunda Divisão com 23 vitórias, dez empates e seis derrotas, além de 57 gols marcados e 27 sofridos. Com o triunfo, a equipe estrelada chegou aos 78 pontos e manteve a distância para o vice-líder em 13 pontos.
Já o CSA ficou na 17ª posição, com 42 pontos, e acabou rebaixado. O clube alagoano disputava a permanência com o Novorizontino, que derrotou o Operário por 3 a 0, no Germano Krüger, em Ponta Grossa, e se manteve na Série B.
Presença do ‘patrão’
Sócio majoritário da SAF do Cruzeiro, Ronaldo Nazário acompanhou de perto a festa celeste. Trajado com a nova camisa do clube em homenagem ao acesso à elite, o empresário esteve em um dos camarotes do Mineirão ao lado de entidades da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O ex-atacante da Seleção Brasileira teve seu nome muito gritado pela torcida cruzeirense.
Festa no Mineirão e quebra de recorde
Como aconteceu em toda a temporada, o Mineirão recebeu grande público: 61.291 pessoas. O número foi suficiente para quebrar o recorde do estádio em 2022, registrado na vitória celeste por 3 a 0 sobre o Vasco – partida que garantiu o acesso matemático ao time de Pezzolano (59.204).
Antes do jogo no Mineirão, muita festa. Os jogadores do Cruzeiro foram recebidos com muitos aplausos logo na entrada para o aquecimento no gramado. O Gigante da Pampulha estremeceu com a música ‘Salomé e Pablito’, composta pelo rapper Das Quebradas.
A comemoração celeste aumentou ainda mais quando o time entrou em campo para a partida. Bandeiras, bombas e fogos de artifício agitaram os torcedores nas arquibancadas. Na garganta, um único grito: “Cru-zei-ro”.
O jogo da taça
O primeiro tempo do jogo da taça foi muito movimentado. O Cruzeiro iniciou o duelo com seu estilo de jogo intenso, com maior posse da bola e investidas pelos lados. No entanto, esbarrou na forte marcação do CSA ao criar jogadas mais bem trabalhadas pelo meio-campo. E foi o time alagoano que balançou as redes primeiro.
Aos 21 minutos, Lourenço dominou perto do bico da grande área e arriscou de longe. A bola pegou uma curva e enganou o goleiro Rafael Cabral, que não conseguiu defender: 1 a 0 para o Azulão.
O gol fez o Cruzeiro sair ainda mais para o jogo, e deu certo. Aos 39′, Filipe Machado cobrou escanteio no capricho, pela esquerda, e o lateral-direito Geovane Jesus apareceu na área para cabecear no cantinho esquerdo e deixar tudo igual: 1 a 1.
A virada celeste veio no lance seguinte, mas o gol foi invalidado por impedimento. Edu recebeu belo passe de Bruno Rodrigues dentro da área e finalizou cruzado. Após checagem do VAR, foi flagrado a posição irregular do atacante estrelado.
O Cruzeiro até tentou virar no segundo tempo, mas foi o CSA quem conseguiu ser mais efetivo. Lucas Barcelos virou para o Azulão aos 35 min.
Pezzolano mexeu no time e deu resultado. Rômulo marcou o gol de empate celeste aos 43 minutos após boa infiltração na área, e Luvannor virou aos 45 da etapa final, dando números finais ao jogo.
Fonte: Estado de Minas