O formiguense Nillo Lopes Ribeiro, de 24 anos, enfrenta uma doença chamada Hepatite Autoimune. Ela reconhece as células do fígado como estranhas e faz com que o sistema imune ataque o órgão, causando a destruição progressiva do fígado e a formação de cicatrizes (fibrose).

De acordo com informações do portal Tribuna Centro-Oeste, Nillo descobriu a condição quando tinha 15 anos. A mãe dele, Lúcia Lopes Ribeiro contou que, sem o tratamento adequado, a doença pode causar cirrose e outras complicações.

A doença é rara e acomete entre 11 e 17 pessoas a cada 100 mil habitantes. Ela é mais comum em mulheres e pode se manifestar em qualquer grupo étnico e faixa etária. O tratamento é chamado de corticoterapia e baseado no uso de corticosteroide e outro imunossupressor.

O transplante foi indicado para o caso do Nillo, que já sofre com insuficiência hepática e cirrose. Como é uma condição vinculada ao sistema imunológico, a chance do novo órgão ser alvo da doença é de 30%.

Atualmente, Nillo realiza o tratamento no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, de duas a três vezes por mês. “Já teve meses que íamos toda semana”, disse a mãe de Nillo.

De acordo com Lúcia, ele passa por exames periódicos e internações. A mãe do jovem contou que ele é acompanhado por endocrinologista, psicólogo, dentista, nutricionista e gastroenterologista.

Ela relatou ainda que o filho precisa de 70 doadores de sangue para o transplante. “O transplante pode ocorrer a qualquer momento”, explicou.

As doações devem ser feitas no Banco de Sangue, Vita Hemoterapia HFR. em Belo Horizonte. “No caso do Nillo, o transplante é de 100% do fígado, então é uma cirurgia de porte grande. Por isso, a exigência desse número de doadores”, disse.

O tratamento do Nillo tem um protocolo a ser seguido, como tem de estar com vacinas em dia, não pode estar fora do peso nem acima, exames de imagem e endoscopia feitos de seis em seis meses e as doações de sangue, porque a gente precisa repor para o banco de sangue.

Vários amigos e colaboradores, como o Tiro de Guerra de Formiga (TG 04-030) se dispuseram a ajudar. Segundo ela, o apoio que a Secretaria de Saúde de Formiga presta com transporte e acomodação na capital mineira tem sido de muita ajuda.

A seleção dos candidatos a transplante leva em conta o tempo de espera na fila, o grupo sanguíneo, o peso e altura do doador e a gravidade clínica. O fígado é retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas.

Fonte: Tribuna Centro-Oeste

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