Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (13), autoridades das Polícias Civil e Militar, juntamente com o Ministério Público, detalharam as investigações sobre o crime ocorrido no último dia 29 de maio, no bairro Sagrado Coração de Jesus, em Formiga, que vitimou Jhonathan Silva Simões.
Participaram da coletiva o delegado que preside o inquérito policial, Dr. Ricardo Augusto de Bessas; o delegado regional, Dr. Danilo César Basílio de Souza; os investigadores da Polícia Civil, Rodrigo do Prado e Gabriel Eufrásio; o promotor de Justiça, Dr. Ângelo Ansanelli Júnior; e o comandante do 63º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Douglas Guimarães Lima.
Segundo a PM, no dia do crime, várias ligações foram recebidas via 190, relatando disparos de arma de fogo na rua Iago Pimentel. De imediato, foram verificadas imagens de câmeras de segurança, inclusive do sistema “Olho Vivo”, as quais mostraram a chegada e a saída de um veículo Toyota Corolla preto, sem placas, nas proximidades do local do crime.
Confira a fala do delegado que preside o inquérito policial, Dr. Ricardo Augusto de Bessas:
Segundo o delegado, o crime teria sido motivado por um relacionamento marcado por conflitos e atitudes possessivas do suspeito. A tensão entre o casal teria se intensificada após a vítima descobrir, há alguns meses, que seu ex-namorado era soropositivo e que também havia contraído o vírus HIV, o que teria causado o rompimento do relacionamento em definitivo.
Durante a coletiva, foi disponibilizado à imprensa dados da “Comunicação de Serviço”, realizada pelos investigadores da Polícia Civil, contendo fotos de gravação de câmeras de segurança.
Confira parte do documento:
A investigação revelou que o suspeito alugou o veículo na cidade de Bom Despacho, retirou as placas e permaneceu em tocaia próximo à residência da vítima. Após o homicídio, o carro desapareceu e foi devolvido posteriormente pelo advogado do suspeito, que permaneceu em local incerto e não sabido.
Com o avanço das diligências foi representado o pedido de prisão temporária do suspeito do crime, o qual foi deferido e, como esperado, surtiu rapidamente efeito positivo, visto que o acusado se apresentou à Polícia Civil na cidade de Bom Despacho.
Confira a fala do promotor de Justiça, Dr. Ângelo Ansanelli Júnior:
Durante a coletiva, foi informado que o suspeito está preso temporariamente na Penitenciária de Formiga e que será feito o pedido de conversão da prisão temporária em prisão preventiva, o que, provavelmente, será aceito pela Justiça, considerando os indícios apresentados até o momento.
Nota:
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Prisão temporária: é decretada por tempo determinado (geralmente até 5 dias, prorrogáveis por mais 5) e serve para ajudar nas investigações. Nos crimes hediondos ou equiparados, o prazo inicial é de 30 dias, também prorrogável por mais 30 dias.
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Prisão preventiva: não tem prazo definido e pode ser decretada para garantir a ordem pública, evitar fuga do investigado ou assegurar que ele não atrapalhe as investigações.
O crime foi classificado como homicídio qualificado por motivo torpe, havendo recurso que dificultou a defesa da vítima, previsto no Artigo 121, § 2º, I e IV, do Código Penal, com pena de reclusão de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Confira a fala do delegado regional, Dr. Danilo César Basílio de Souza:
Redação UN
Vídeos: Thiago Vilela/UN