O STF (Supremo Tribunal Federal) identificou 752 milhões de tentativas de ataques hackers aos sistemas da corte nos últimos 90 dias. Todas as ações foram bloqueadas por uma ferramenta de segurança que protege os sites e sistemas internos.
Além disso, desde janeiro, foram contabilizados 280 mil alertas de comportamentos suspeitos como tentativas repetidas de adivinhar senhas (ataques de força-bruta) e presença de vírus ou códigos maliciosos (malware). Essas ações também foram neutralizadas, segundo o STF.
Caso um hacker consiga efetivar um ataque, o Supremo tem um plano específico de combate, algo que envolve até mesmo investidas com maior potencial de dano.
Simulações para analisar todos os cenários de ataques são feitas com frequência, e providências são tomadas constantemente para minimizar as fragilidades.
Episódios nos últimos anos
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal abriu edital para contratar empresa no valor de R$ 3,7 milhões para se proteger de ataques hackers.
A empresa foi contratada para atuar no fornecimento de solução de detecção e resposta estendida a incidentes de segurança cibernética, serviços de monitoramento, prevenção, detecção e resposta a ameaças de nova geração.
Em setembro do ano passado, o Supremo, a Polícia Federal e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informaram terem sofrido ataques hackers em meio ao bloqueio da rede social X (antigo Twitter), ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes em 30 de agosto de 2024.
Em 2022, o STF identificou e conteve 2.434.627 ataques ao ambiente tecnológico da corte. A maior parte dos ataques chegou perto de conseguir o objetivo e foi definida como crítica pelas equipes de segurança da informação do tribunal. O órgão interno que cuida da segurança cibernética conseguiu conter todas as ameaças.
De acordo com informações da corte, o momento mais crítico para a segurança cibernética do tribunal ocorreu em abril de 2021, quando criminosos virtuais realizaram um ataque de negação de serviço contra o portal da instituição.
Nesse tipo de ataque, diversas máquinas infectadas com vírus são programadas para enviar dados ao mesmo tempo para os servidores que sustentam o site, gerando a queda da página.
Fonte: Gabriela Coelho-R7