O grupo alimentação e bebidas registrou recuo nos preços pelo segundo mês consecutivo, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, a inflação oficial do país foi de 0,26% em julho, levemente acima da taxa de junho (0,24%), pressionada principalmente pela alta da energia elétrica residencial.

Com maior peso no índice, o grupo alimentação e bebidas apresentou queda de 0,27% na média dos preços em julho, após já ter registrado variação negativa de -0,18% em junho. A redução foi puxada, principalmente, pelos preços dos alimentos consumidos no domicílio, que caíram 0,69% na comparação mensal. Entre os produtos com maior recuo estão a batata-inglesa (-20,27%), a cebola (-13,26%) e o arroz (-2,89%). Juntos, esses três itens contribuíram com uma redução de 0,08 ponto percentual no IPCA do mês.

Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE, a queda dos preços é reflexo da maior oferta dos produtos no campo, o que ajuda a reduzir os custos ao consumidor.

Em contrapartida, a alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,87% em julho, acelerando em relação ao mês anterior (0,46%). O lanche teve forte avanço, de 0,58% para 1,90%, enquanto a refeição subiu de 0,41% para 0,44%.

Apesar da retração nos preços dos alimentos e também no grupo vestuário (-0,54%), a inflação geral do mês foi impulsionada pela energia elétrica residencial, que apresentou variação de 3,04%, tornando-se o subitem com o maior impacto individual no índice de julho, com alta de 0,12 ponto percentual.

O grupo Habitação teve alta de 0,91%, puxado por reajustes nas tarifas de energia elétrica em várias capitais: 13,97% em uma concessionária de São Paulo (impacto de 10,56%) desde 4 de julho; 1,97% em Curitiba (2,47%) desde 24 de junho; e 14,19% em uma concessionária de Porto Alegre (1,48%) desde 19 de junho. Por outro lado, houve redução de 2,16% nas tarifas de uma concessionária do Rio de Janeiro (0,71%) desde 17 de junho.

Assim, mesmo com o alívio nos preços de alimentos, o aumento da energia elétrica contribuiu de forma decisiva para a inflação de julho, que acumula variações em diferentes grupos monitorados pelo IBGE.

Com informações do Itatiaia

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