Desde a noite de quarta-feira (22), empresas de autoescolas de São Paulo realizam um protesto na Ponte Estaiada, no Morumbi, Zona Sul da capital, contra a proposta do Ministério dos Transportes que prevê o fim da obrigatoriedade das autoescolas no processo para obtenção da carteira nacional de habilitação.
Os manifestantes, liderados por donos de autoescolas associados à Federação Nacional das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores (Feneauto), estacionaram cerca de 200 veículos ao longo de toda a extensão da ponte. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) acompanha a manifestação desde às 23h de quarta-feira (22), registrando que os carros ocupam o acostamento da Ponte Octávio Frias de Oliveira, no sentido Jabaquara.
Os manifestantes planejam seguir em carreata até a Assembleia Legislativa de São Paulo na manhã desta quinta-feira (23), buscando pressionar políticos estaduais a aprovar leis que mantenham o atual modelo de formação de condutores. Nas redes sociais, o presidente da Feneauto, Ygor Valença, convoca os donos de cursos de formação a resistirem à mudança, além de incentivar a coleta de assinaturas para um Projeto de Lei que interrompa a consulta pública aberta pelo governo federal.
A consulta pública, proposta pelo ministro Renan Filho, está disponível no site do governo federal e permanecerá aberta até o dia 2 de novembro. Caso aprovada, a proposta poderá alterar significativamente o processo para obtenção da carteira nacional de habilitação, eliminando a necessidade de frequentar autoescolas.
O protesto das autoescolas evidencia a mobilização do setor contra uma mudança que pode impactar o modelo tradicional de formação de condutores no Brasil. A pressão política ganha força com a ação direta nas ruas e o engajamento nas redes sociais, enquanto a consulta pública segue aberta para receber contribuições até o início de novembro.
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Com informações do Portal G1
