O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou nesta sexta-feira (24) a Kuala Lumpur, capital da Malásia, para participar da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Durante a viagem, há expectativa de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para o domingo (26), que vem sendo articulado há semanas pelos governos dos dois países.

A agenda de Lula na Malásia inclui reuniões com autoridades locais e empresários, com o objetivo de fortalecer as relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e os países do Sudeste Asiático. A região tem ganhado importância estratégica para a economia brasileira: o comércio com o bloco saltou de US$ 3 bilhões em 2002 para US$ 37 bilhões em 2024, tornando a Asean o quinto maior parceiro comercial do Brasil e responsável por 20% do superávit da balança comercial nacional.

Antes de desembarcar na Malásia, o presidente concedeu entrevista coletiva na Indonésia, onde comentou sobre o aguardado encontro com Trump. Segundo Lula, todos os temas poderão ser discutidos, incluindo os conflitos na Ucrânia e em Gaza, a crise entre Estados Unidos e Venezuela e a exploração de terras raras.

O chefe do Executivo brasileiro também afirmou que pretende defender a revisão das tarifas comerciais aplicadas pelos Estados Unidos e questionar as sanções impostas a autoridades brasileiras, entre elas ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Brasil tem interesse em recolocar a verdade na mesa, mostrar que os Estados Unidos não são deficitários no comércio com o Brasil, portanto não tem explicação a taxação feita ao Brasil. Também não tem explicação a punição de ministros nossos, a personalidades públicas brasileiras, porque eles não cometeram nenhum erro, eles estão cumprindo a Constituição do meu país”, declarou Lula.

Com uma agenda voltada ao fortalecimento das relações internacionais e à defesa dos interesses comerciais brasileiros, Lula busca ampliar a presença do Brasil no Sudeste Asiático e abrir novos canais de diálogo político. A possível reunião com Donald Trump, caso confirmada, deve marcar um dos principais momentos da viagem, podendo influenciar as relações entre Brasília e Washington em temas sensíveis da política e da economia global.

Com informações do Itatiaia

COMPARTILHAR: