Há 25 anos morria Cazuza, um dos maiores ícones da geração de artistas brasileiros dos anos 1980.

 Cazuza era líder da primeira versão da banda Barão Vermelho e morreu aos 32 anos, vítima da aids, no dia 7 de julho de 1990. Neste ano, são comemorados ainda os 30 anos do primeiro sucesso da carreira do cantor, após deixar o Barão, com o disco “Exagerado”.

Para lembrar os 25 anos sem Cazuza será lançado ainda este ano pela Sony um disco com letras inéditas do compositor. Cazuza deixou 65 letras inéditas, que estão com a mãe dele, Lucinha Araújo desde que ele morreu. O CD contará com as participações de Caetano, Gil, Seu Jorge, Rogério Flausino e Baby Consuelo, que vão musicar os poemas. Os artistas convidados ainda estão na fase de escolha das canções. Até agora, só a cantora Bebel Gilberto, amiga de adolescência de Cazuza, musicou uma letra, Brazilian Prayer.

Além do CD serão relançadas edições atualizadas dos livros Só As Mães São Felizes (1997) e Preciso Dizer Que Te Amo (2001), ambos projetos de Lucinha, que devem ganhar novas edições até agosto. O primeiro virou best-seller e serviu de base para outros dois projetos bem-sucedidos: o filme Cazuza – O Tempo Não Para (2004), protagonizado por Daniel de Oliveira, e Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, o Musical, que estreou em 2013 e atualmente está rodando o Brasil, com Emilio Dantas.

Em nove anos de carreira, Cazuza deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes. Polêmico, ele também chamava atenção por sua vida boêmia. Dentre as suas músicas mais famosas com Barão Vermelho estão “Todo Amor que Houver Nessa Vida”, “Pro Dia Nascer Feliz”, “Maior Abandonado”, “Bete Balanço” e “Bilhetinho Azul”. Já em sua carreira solo, destaque para “Exagerado”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Brasil”, “Faz Parte do meu Show”, “O Tempo não Para” e “O Nosso Amor a Gente Inventa”.

Nascido no dia 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro, Cazuza era filho único e sempre teve contato com o mundo da música por conta do trabalho do seu pai na indústria fonográfica. Em janeiro de 1985, ele e a banda se apresentaram na primeira edição do Rock in Rio. Neste mesmo ano, deixou o Barão Vermelho para seguir a carreira solo.

 

Em outubro, também serão comemorados 25 anos da fundação Sociedade Viva Cazuza, criada pela mãe do cantor, três meses depois da morte do filho, para abrigar crianças soropositivas.

O Tempo

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