A 5ª Romaria Motociclistas da Fé, organizada pelo casal formiguense Viviane Caetana Martins da Silva e Elson Alves Ramos, partiu do Terminal Rodoviário de Formiga, na madrugada de sexta-feira passada (23), com destino à Aparecida do Norte (SP). É mais uma romaria à Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

De acordo com o jornal Correio Centro Oeste, Viviane relatou sobre essa viagem de fé, ao santuário da Padroeira do Brasil. Ela explicou que os ‘Guardiões de Maria’ é um grupo de motociclistas da família dela.

É este grupo que vem organizando a romaria anualmente, desde 2017, sob a liderança do casal.

“Fomos 133 pessoas, em 72 motos, três carros de apoio, com uma carretinha, caso alguma moto estragasse. Ainda tivemos a companhia de mais 4 carros”.

A romaria foi integrada por: 60 motos de Formiga, sete de Arcos e uma de Sete Lagoas, Santa Luzia, Belo Horizonte, Pains e Córrego Fundo.

Viviane lembra que na primeira edição da romaria, em 2017, participaram 37 motos e 77 participantes. Depois, no ano seguinte 2018, 43 motos; em 2019, foram 57; e, no ano passado (2022), 79 motos.

Em 2019 e 2020, a romaria não foi realizada devido à pandemia. “Ano passado, nossas camisas foram nas cores preta e verde, pois estávamos de luto pelas perdas que tivemos na pandemia e verde pela esperança de dias melhores”.

Neste ano, as camisetas foram azuis para os homens e rosa para as mulheres. “A cor azul representa o manto sagrado de Nossa Senhora Aparecida que traz ao homem a segurança, os detalhes em laranja representam a descontração, a alegria de estar servido ‘Maria’, e a gola em branco simboliza a paz. Para as mulheres, a cor rosa traz a feminilidade, os detalhes em branco, novamente a representam a paz e a gola na cor preta, a segurança de estar na garupa de nossos maridos”.

Na ida, o grupo fez paradas em Perdões (Crossville); na praça de pedágio; abasteceram em Cambuquira; outra parada em Pouso Alto; e, na serra, divisa com São Paulo, para a entrega das pulseiras de acesso ao hotel.

Na volta o grupo fez paradas em: uma imagem da Santa, que fica no alto da serra; outra para o abastecimento; almoçaram em Três Corações; outra parada na praça de pedágio; novamente no Crossville em Perdões, chegando a Formiga por volta das 14h de domingo (25).

No Santuário, todo o grupo participou da celebração da Santa Missa, no sábado às 18h. “Alguns integrantes participaram como ministros da eucaristia e os demais fizeram parte do coral”.

Histórias da Romaria

Viviane conta que são muitas histórias de fé, nessas cinco romarias a ‘Aparecida’ e afirma que, especialmente se ouvidos de cada um deles, emocionam.

Gente de muita fé

Segundo ela, a primeira história interessante, aconteceu já na primeira romaria, em 2017, quando havia 98 inscritos, com previsão de saída no sábado para retornar no domingo (‘bate-e-volta’). Ela relata que às vésperas da viagem choveu muito e no grupo alguns começaram a questionar, sugerindo o cancelamento da viagem. “No almoço, ao me ver chorando muito, minha mãe, com a mão sobre meu ombro, disse: ‘O que você tiver de propósito Nossa Senhora vai te abençoar. Siga e apenas confie’.

Viviane conta que, às 4h, quando começaram a se preparar para sair com 77 pessoas dos 98 inscritos, em 37 motos, estava garoando e iniciaram o percurso de 400 quilômetros. De nublado tornou-se ensolarado. Segundo ela, aqueles que ficaram para trás, se questionaram sobre a passagem do evangelho que nos diz dos ‘homens de pouca fé’. “Fomos, passeamos e voltamos, sem uma gota sequer de chuva sobre nós. Eles que ficaram demonstraram pouca fé e nós fomos de muita fé” – relatou com evidente emoção.

Ovelha desgarrada

Tenho um ‘irmão-motociclista’ que hoje é ministro da Eucaristia e muito atuante em sua paróquia. Ela conta que ele afirma ter sido uma ‘ovelha desgarrada’ e que foi arrebatado pela romaria. Disse ela que, ao ver as demonstrações de fé ao longo da viagem, sentiu-se ‘tocado’.

Confessar e comungar

Um casal, com mais de 45 anos de casados, nunca havia ido a Aparecida do Norte de moto, somente em ônibus e, no ano passado, participaram dos Motociclistas da Fé. Viviane relatou que a esposa rezou dois rosários, durante a ida, pedindo que Nossa Senhora tocasse o coração do marido dela, pois há mais de 40 anos, ele não confessava, nem comungava. Também emocionada, Viviane conta: “No sábado pela manhã, o marido convidou a esposa e falou que iria confessar e comungar”.

“São histórias de pessoas que nos emocionam e nos deixam muito felizes, pois é muito gratificante para quem organiza”, disse a organizadora.

Fonte; Jornal Correio Centro Oeste

 

 

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