Carlos Eduardo Marcelino Barbosa, de 13 anos, morreu eletrocutado ao tentar pegar uma bola que caiu em um lote vago cercado por um muro com cerca elétrica, em Pompéu, no Centro-Oeste de Minas, na tarde de quarta-feira (23). A morte é investigada pela Polícia Civil.
A morte de Duduzinho — como era conhecido — causou comoção entre os moradores, que ainda tentam entender como uma brincadeira durante as férias escolares terminou de forma trágica. O velório e o sepultamento ocorreram na quinta (24).
Segundo o tio Douglas Gonçalves, um dos sonhos de Carlos Eduardo era ser jogador de futebol. Ele estava sempre com a bola nos pés, correndo pelas ruas e alimentando o desejo de seguir no esporte, como tantas outras crianças da idade dele.
“Ele era uma criança muito boa, cheia de saúde, muito brincalhona, estava estudando, com muitos amigos. Infelizmente vai deixar muita saudade para nós”, declarou.
Amigos do time onde Carlos Eduardo jogava, o Cristalino, prestaram homenagem ao adolescente. Outro time da cidade, o CAP, também manifestou solidariedade e homenageou o menino no campo de futebol.
“A dor da perda se mistura com a revolta e a tristeza. Era só alguém ter chegado e tirado ele de lá. Ele ficou muito tempo recebendo descarga elétrica”, disse o tio.
Morte do adolescente é investigada
Moradores cobram investigação sobre a legalidade da cerca elétrica no lote vago, especialmente por se tratar de uma área onde crianças costumam brincar.
A Polícia Civil informou que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Segundo a corporação, Carlos Eduardo teria pulado o muro do lote e ficou preso em uma estrutura de concertina instalada no local.
Testemunhas e o proprietário do terreno devem ser ouvidos nos próximos dias. O caso está sob investigação da Delegacia de Pompéu, que aguarda a conclusão do laudo pericial.

Foto: Douglas Gonçalves/Arquivo Pessoal
Fonte: Anna Lúcia Silva-G1 Centro-Oeste