Em encontro realizado neste domingo (26), na Malásia, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram por quase uma hora e reafirmaram o interesse de seus países em estreitar a relação bilateral. Lula declarou:
“Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e EUA”.
A reunião começou às 15h30 no horário local, o que correspondia a 4h30 da madrugada em Brasília. Lula afirmou ter levado “uma longa pauta” por escrito e destacou que, quando dois presidentes se sentam e expõem seus pontos de vista, “a tendência natural é encaminhar para chegar a um acordo”.
Entre os participantes estavam o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Nas redes sociais, Lula afirmou:
“Tivemos uma ótima reunião. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”.
Na pauta brasileira estava, entre outros temas, a tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros — aplicada a partir de agosto — e questionada pelo Brasil por falta de fundamentação. Lula também levantou o tema das sanções norte-americanas a autoridades brasileiras, como aquelas derivadas da Lei Magnitsky, que resultaram na revogação de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal.
O encontro entre Lula e Trump em Kuala Lumpur sucede um breve contato ocorrido em 23 de setembro, nos corredores da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, quando Trump mencionou a “química” entre os dois e anunciou uma nova reunião.
A conversa deste domingo reforça a disposição de Brasil e Estados Unidos em superar tensões anteriores e avançar em negociações econômicas e comerciais. Ao afirmar que não vê motivos para desavenças, Lula sinaliza abertura para o diálogo e a cooperação. Resta agora acompanhar como as equipes técnicas dos dois países colocarão em prática os encaminhamentos definidos para tratar tarifas, sanções e demais pontos da pauta bilateral.
Com informações de Lucyenne Landim/O Tempo










