Após a ameaça e o tarifaço de 50% a produtos nacionais imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo Lula fechou uma campanha publicitária com lema “Brasil soberano”. A peça acentua que “um país soberano protege seu povo e sua democracia. Um país soberano não baixa a cabeça para outros países”.
A iniciativa marca o início de uma ofensiva de comunicação em torno da crise instalada por Trump. O americano justificou a taxa extra para o Brasil dizendo que quer a interrupção do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo e que a balança comercial com os Estados Unidos tende para o Brasil, o que é falso.
A comunicação de Lula também serve para asseverar a diferença na conduta adotada por governadores de oposição, que inicialmente culparam o presidente pela taxação, mas mudaram de tom. Foi o caso de Tarcísio de Freitas, de São Paulo, que agora fala em união nacional para evitar a perda de empregos no país.
O vídeo tem, inclusive, uma fala em inglês. “É, my friend (meu amigo), aqui quem manda é a gente”, afirma a peça, logo depois da imagem de uma criança bradar “não mexe com o meu Brasil”.
A iniciativa tende a ampliar a disputa com a família Bolsonaro, que em uníssono passou a cobrar a anistia “geral e irrestrita” dos envolvidos na tentativa de golpe do 8 de janeiro como única forma de fazer Trump desistir do tarifaço.
Fonte: Daniela Lima/g1