“Nós vencemos a batalha e o reconhecimento veio”, afirmou o secretário de saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges, na inauguração do monumento Memorial à Vida, do artista Ricardo Carvão Levy, instalado na praça João Pessoa, na região hospitalar da cidade. A obra é uma homenagem às vítimas da Covid-19 e a todos os profissionais de saúde da Capital que atuaram no enfrentamento da doença e foi entregue à comunidade nesta terça-feira (12), dia do aniversário de 126 anos de Belo Horizonte.
“É um momento de muita emoção a gente rememorar o tanto que foi difícil a gente não conhecer, a gente ter que enfrentar a doença muito antes da vacina chegar, a gente ter que ampliar a nossa capacidade de atendimento, às vezes, dobrar, e ver essa capacidade de atendimento chegando a 100%, e ainda assim, sermos pressionados. Foi tudo muito angustiante, mas ao mesmo tempo, olhar pra trás ver que vencemos, é consolador, por isso, esse memorial celebra as vidas perdidas, mas também reverencia aqueles que lutaram, como os profissionais da saúde de Belo Horizonte, por isso, essa obra é muito importante”, afirmou.
A obra, feita em aço, tem três toneladas e aproximadamente três metros de altura, sugere um coração com dois cortes, representando desdobramentos, mas união no centro. Para o artista, é a representação da saudade dos que se foram e da dedicação dos profissionais ao trabalho.
“Me inspirei na luta de todas as pessoas que lutaram para salvar a vida dos que se foram, e também no amor incondicional, amor que se desdobra. Esta obra é o arquétipo do coração, um símbolo universal, que mostra que a vida, embora tenha seus altos e baixos, também é leveza”, relatou o artista.
O monumento fica em um importante local da cidade, na praça João Pessoa, entre a avenida Brasil e rua Ceará, próximo a região hospitalar, que foi palco do enfrentamento da doença. O prefeito Fuad Noman (PSD), que participou da inauguração, disse que o espaço será para saudar os que se foram, matar a saudade e celebra a vida.
“Muitos não tiveram a oportunidade de se despedirem dignamente dos entes queridos. Neste local, poderão vir lembrar daqueles que se foram, deixar flores e homenageá-los de algum modo”, afirmou.
Fonte: O Tempo