Os dois principais líderes da esquerda e da direita brasileira, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), não comparecerão às manifestações deste domingo (7), em São Paulo, mas estarão, de certa forma, “representados” por bonecos infláveis que satirizam o atual e o ex-presidente da República.

No ato promovido por grupos de esquerda e apoiadores de Lula, na Praça da República, centro de São Paulo, os manifestantes exibem um boneco gigante de Bolsonaro vestido com uniforme de presidiário. O personagem ganhou o apelido de “Bolsoleco” em atos anteriores.

Bolsonaro é um dos oito réus que estão sendo julgados desde a semana passada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado, em 2022, além de ataques às instituições e ao Estado Democrático de Direito.

Quatro sessões do julgamento estão previstas para esta semana, entre terça-feira (9) e sexta-feira (12), quando a análise do caso no colegiado deve ser concluída.

“Luleco” volta à Paulista

Por outro lado, na Avenida Paulista, apoiadores de Bolsonaro que já começaram a se reunir para a manifestação em defesa do ex-presidente e da anistia aos condenados pelos ataques violentos às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, trouxeram o tradicional boneco inflável que representa Lula também vestido de presidiário.

O “Luleco” ganhou notoriedade nas manifestações que pediam o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) e a prisão de Lula, entre 2015 e 2016.

O líder petista foi detido em 2018, no âmbito da Operação Lava Jato, por determinação do então juiz Sergio Moro (hoje senador pelo União Brasil do Paraná). Lula passou 580 dias preso na superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

Mais tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações de Lula, entendendo que Moro havia sido parcial no julgamento e que o caso não poderia ter sido julgado na Vara Federal de Curitiba.

Fonte: Metrópoles

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