A duas semanas da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), o Brasil permanece como o único país a investir no Fundo de Preservação de Florestas Tropicais (TFFF), criado para financiar ações de conservação ambiental em regiões tropicais.

Segundo fontes ligadas às negociações, o governo brasileiro já aportou US$ 1 bilhão no fundo, que tem uma meta total de US$ 25 bilhões. A expectativa é que outros países façam anúncios de investimento durante a COP 30, marcada para novembro, em Belém (PA).

Entre os países com negociações avançadas estão Alemanha, Noruega, Reino Unido, França, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Há indícios de que os aportes serão oficializados durante o evento, embora não esteja claro se os anúncios serão feitos diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou pelas delegações de cada país.

Nos bastidores, o entendimento é de que os valores totais não serão reunidos de imediato. No entanto, como o Brasil estará à frente da presidência da COP pelos próximos 12 meses, espera-se que o período sirva para intensificar os compromissos multilaterais em torno do TFFF.

O que é o TFFF?

Inspirado no modelo do Fundo Amazônia, o Tropical Forests Forever Fund (TFFF) tem como objetivo apoiar financeiramente ações de preservação florestal em países tropicais. O fundo prevê um pagamento de US$ 4 por hectare preservado e penalidades de até US$ 400 por hectare desmatado, como forma de incentivo à manutenção das florestas.

Com a participação de 70 países tropicais, incluindo Brasil, Colômbia, Indonésia, Malásia e República do Congo, o TFFF é considerado a maior iniciativa multilateral climática já liderada por um país do Sul Global.

Além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o fundo busca conservar a biodiversidade, promover práticas sustentáveis e fortalecer a cooperação internacional frente à crise climática.

Caminho para a cooperação global

A criação e os primeiros aportes no TFFF representam um esforço pioneiro do Brasil em liderar ações globais voltadas à preservação ambiental. A expectativa é de que a COP 30 marque um ponto de virada para a entrada de novos investidores e para a consolidação do fundo como modelo de financiamento climático internacional.

Com informações do Metrópoles

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