O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta sexta-feira (17) a abertura de novos mercados para produtos do agronegócio brasileiro em quatro países: Estados Unidos, Irã, Santa Lúcia e Uruguai. A medida reforça a estratégia de diversificação comercial do setor, especialmente em meio às negociações sobre o tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros.
Estados Unidos autorizam alimentos vegetais para cães
Segundo o Itamaraty, os Estados Unidos aprovaram a importação de alimentos para cães de origem vegetal produzidos no Brasil. Entre janeiro e setembro de 2025, o país já exportou mais de US$ 9 bilhões em produtos agropecuários para o mercado norte-americano, consolidando-se como um dos principais destinos das commodities brasileiras.
Irã abre mercado para sementes brasileiras
No Oriente Médio, o Brasil obteve autorização para exportar sementes de abobrinha e melancia ao Irã, fortalecendo o comércio bilateral. As exportações brasileiras para o país já somam mais de US$ 1,8 bilhão, com destaque para o milho. Apesar do avanço, a relação comercial ainda é majoritariamente de mão única, centrada na venda de bovinos e derivados.
Santa Lúcia aprova carnes e derivados
Na região do Caribe, Santa Lúcia autorizou a entrada de carne de aves, suína e bovina, além de seus derivados. O Brasil exportou mais de US$ 216 milhões em produtos agropecuários para os países da Comunidade do Caribe (Caricom) entre janeiro e setembro deste ano. A ilha caribenha é considerada estratégica por atuar como centro distribuidor de alimentos na região.
Uruguai libera mudas brasileiras
Parceiro do Brasil no Mercosul, o Uruguai autorizou a importação de mudas de eucalipto, oliveira e ora-pro-nóbis. O comércio bilateral entre os dois países totaliza mais de US$ 719 milhões em produtos agropecuários, com destaque para proteína animal, produtos florestais, mate, fibras e têxteis.
O governo brasileiro avalia que a ampliação dos mercados fortalece a posição do país como potência agroexportadora e contribui para mitigar os impactos de barreiras comerciais impostas por parceiros estratégicos.
Com informações do Metrópoles