Os cafés especiais brasileiros darão cheiro e sabor ao Pavilhão do Brasil na Expo Dubai. Sete diferentes marcas de alto padrão, com paladares e acentos únicos Desses, três são originários de produtores que participam do projeto setorial Brazil: The Coffee Nation , desenvolvido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Os cafés Rancho Grande e Santa Edwirges são produzidos nas fazendas homônimas, em Éloi Mendes, no Sul de Minas Gerais. 

 As marcas brasileiras Rancho Grande, Santa Edwirges e Bom Jardim já são comercializadas em Dubai pela importadora de luxo Gold Box Roasters, uma marca de origem inglesa especializada em cafés gourmets, com lojas em Londres e Dubai. A marca Bom Jardim representa a região de Alta Mogiana, no interior de São Paulo. Outras marcas brasileiras escolhidas foram Santa Lúcia, Espírito Santo, Lady Marmalade, e Crazy Coffee. 

O que é o café especial

Segundo a BSCA, café especial é aquele cujos grãos são isentos de impurezas e defeitos, com sabores e cheiros diferenciados. A bebida resultante é, portanto, limpa e doce, com corpo e acidez equilibrados. Os cafés especiais devem ter qualificação acima dos 80 pontos na análise sensorial (que varia de 0 a 100). Além dessas qualidades técnicas sensoriais,  devem ter rastreabilidade certificada e respeitar critérios de sustentabilidade ambiental, econômica e social em todas as etapas de produção. 

O Rancho Grande, de Minas, contém grãos da variedade Topázio, que passam por processo de produção natural, desenvolvendo notas de maracujá, abacaxi, chocolate e caramelo. O outro mineiro Santa Edwirges é um café mais doce, com corpo longo, acidez controlada e notas de frutas vermelhas, 100% Arábica. Os dois cafés possuem certificação UTZ, que garante responsabilidade socioambiental e segurança alimentar do produto.  

O diretor administrativo da Fazenda Rancho Grande, Flávio de Oliveira Reis, comenta que produz cafés especiais há 10 anos. “A produção anual do café de alto padrão chega a 1.600 sacas, sendo que as exportações para Dubai são de um contêiner/ano no volume de 320 sacas de 60kg.” A expectativa é de que, depois da Expo Dubai, esse volume chegue a cinco contêineres anuais. 

O diretor da Fazenda Santa Edwirges, Hugo Felizali de Brito, também destaca que a Expo pode abrir portas no mercado crescente asiático. “Esperamos atingir uma marca de mais 10 contêineres após e durante o evento, podendo aumentar ainda mais com a crescente demanda. Ir à Expo Dubai é uma conquista enorme, pois temos trabalhado a qualidade e sustentabilidade de nossos cafés por décadas e significa muito representar o importante setor cafeeiro brasileiro na maior exposição do mundo”, afirma.  

Expo Dubai

A Expo Dubai é uma exposição universal que ocorre a cada cinco anos, em que a maior atração são os pavilhões dos países participantes. Desde o dia 1º de outubro, o espaço abriu as portas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e ficará disponível até 31 de março de 2022. A expectativa é atrair 25 milhões de visitantes de todo o mundo com o intuito de explorar inovações, ideias, avanços científicos e tecnológicos. Reunirá diversos setores, tais como empresas privadas, ONGs e instituições governamentais, todas destinadas a discutir negócios, tecnologia, urbanismo, sustentabilidade, ciências, cultura, gastronomia e economia. 

A diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, destaca que a Expo Dubai é um ambiente muito relevante, já que os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão na lista dos mercados-alvos do projeto tanto para os cafés crus, in natura, quanto para o produto torrado e moído. 

“O conceito do projeto para a Expo Dubai sintetiza a escolha feita pelo setor dos cafés especiais para posicionar o Brasil como a nação que, além de ser dotada dos recursos naturais essenciais para o cultivo dos melhores cafés, dedica seus esforços, conhecimento técnico e experiência secular para atingir os mais altos requisitos de qualidade, de forma sustentável e em observância a rígidas normas de direito social e ambiental, mantendo os tradicionais e atraindo novos clientes para nossos cafés especiais”, comenta.  

Fonte: Estado de Minas

COMPATILHAR: