As campanhas de vacinação contra a gripe e sarampo, que seriam finalizadas nesta sexta-feira (3), foram prorrogadas até o dia 24 de junho para todos os públicos prioritários. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde nessa quinta (2) e tem o objetivo de aumentar as coberturas vacinais para as duas doenças.
A partir do dia 25, estados e municípios poderão ampliar a imunização contra a gripe para toda a população a partir de 6 meses, enquanto durarem os estoques. Já a proteção contra o sarampo faz parte do calendário nacional, que disponibiliza doses durante todo o ano.
Gripe
Em Minas, até o momento, apenas 54,6% do público-alvo garantiu a proteção. Já em Belo Horizonte, o percentual é ainda menor: 40,9%.
A meta é imunizar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos, que inclui crianças de 6 meses a 4 anos, gestantes, puérperas, idosos com mais de 60 anos, povos indígenas, professores e trabalhadores da saúde.
O infectologista Carlos Starling, que integrou o Comitê de Combate à Covid em Minas, reforça o apelo à população. “É importante que as pessoas se vacinem porque a influenza causa quadros tão graves quanto covid-19. Temos que evitar que os problemas se somem”, disse.
O médico também alertou que a imunização deste ano pode proteger ainda mais as pessoas devido à atualização da dose. “Este ano tem uma importância especial porque temos uma variante, uma cepa diferente, que é a cepa Darwin, que está coberta com a imunidade da vacina e provocou vários casos de gripe no ano passado”, concluiu o especialista, que considera que a baixa cobertura pode estar ligada à desinformação.
“A vacinação contra a gripe ocorre em um momento em que as pessoas estão preocupadas com a Covid-19. Às vezes você pensa: ‘Tomar duas vacinas pode trazer problemas’. Não há problema nenhum. É um problema a menos. Todos os anos nos vacinamos e conseguimos reduzir os casos”, finalizou.
A campanha de vacinação contra a gripe tem como objetivo reduzir as complicações, internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, na população alvo para a vacinação.
Fonte: Hoje em Dia
