Com o objetivo de reduzir o impacto financeiro da tarifa dos clientes regulares, a Cemig vem realizando milhares de inspeções em instalações em sua área de concessão. Somente nos seis primeiros meses de 2025, os técnicos da companhia vistoriaram mais de 177 mil unidades consumidoras, cujas inspeções procedentes representam mais de R$ 216 milhões, somando o resultado em todas as regiões de Minas Gerais.
Nas Regiões Sul e Oeste do estado, no primeiro semestre deste ano, a Cemig vistoriou mais de 13 mil unidades consumidoras, sendo que as inspeções procedentes representam aproximadamente R$ 19,5 milhões. O montante estimado pela Cemig representa o consumo irregular retroativo (que pode chegar a 36 meses) mais o incremento de receita em 12 meses após as inspeções feitas pelos técnicos da companhia.
A Cemig tem promovido mutirões de inspeções em todas as regiões do estado, normalizando as medições que se encontram em situação irregular ou com suspeita de fraudes. Medidores com alguma deficiência ou característica de manipulação indevida são levados para o laboratório da companhia para aferição e análise técnica.
O supervisor de Relacionamento com Clientes da Cemig, Alexandre Ribeiro, destaca que essa ação da companhia é importante para que não haja repasse do prejuízo financeiro dividido entre a distribuidora e os clientes adimplentes.
“Os principais objetivos das regularizações são minimizar o prejuízo compartilhado entre os consumidores regulares e a Cemig, além de conscientizar a população sobre o furto de energia e seus impactos para toda a sociedade. O foco está na intensificação da detecção e regularização de unidades consumidoras com perdas na medição de energia, na recuperação do montante faturado a menos e, em alguns casos, com o apoio da polícia, na condução dos responsáveis à delegacia”, explica.
Serviço de inteligência
Importante destacar que a Cemig, por meio do Centro Integrado de Medição (CIM), realiza a análise do consumo dos mais de 9 milhões de clientes da companhia e envia equipes especializadas para realização de inspeções. “Parte do monitoramento é referente a unidades telemedidas livres e cativas de alta, média e baixa tensão, o que representa cerca de 70% do consumo da distribuidora. Esse monitoramento permite identificar de forma mais rápida as possíveis intervenções no sistema de medição”, afirma Alexandre Ribeiro.
Ainda cabe destacar que as ligações irregulares colocam em risco a segurança da população, causando ocorrências na rede elétrica, com consequências graves e até fatais. A prática traz impactos para o sistema elétrico, podendo causar interrupções no fornecimento de energia para clientes regulares, além de incêndios e queima de aparelhos e equipamentos.
Consequências financeiras e criminais
Quando confirmadas as irregularidades, os responsáveis devem ressarcir a companhia em relação ao montante de energia consumida que não havia sido faturada, além de arcar com custos administrativos.
Além disso, as consequências deste tipo de ligação irregular podem ser não apenas financeiras, mas também criminais. “O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de reclusão”, comenta. “O responsável ainda pode ser enquadrado no artigo 171, que trata do estelionato”, ressalta Alexandre Ribeiro.
Combater o furto de energia é missão de todos
Com o objetivo de conscientizar a população sobre as consequências do furto de energia e seus impactos para o sistema elétrico – como interrupções para clientes regulares, incêndios e queima de aparelhos e equipamentos a Cemig promove, neste ano, uma nova edição de sua campanha educativa, que já vem sendo veiculada na mídia de todo o estado.
A campanha incentiva a população a colaborar no combate a esta prática ilegal, denunciando “gatos” por meio do telefone 116. Além disso, conta com imagens geradas por inteligência artificial para explicar este importante assunto de forma leve e acessível.
Fonte: Alexandre Ribeiro, supervisor de Relacionamento com Clientes da Cemig