O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo se reuniram na última quarta-feira (15) com representantes do governo dos Estados Unidos, em Washington, D.C. O encontro ocorreu um dia antes da reunião entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, realizada na Casa Branca.
A reunião entre Vieira e Rubio, que durou cerca de uma hora nessa quinta-feira (16), teve como objetivo preparar um futuro encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. A pauta principal deverá ser a revisão das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros exportados ao país.
Atualização política e defesa de sanções
Segundo Figueiredo, o encontro com autoridades americanas teve como propósito “atualizar a situação política do país” e apresentar suas opiniões sobre possíveis questionamentos do governo dos EUA. O jornalista afirmou ao portal R7 que, caso o foco do governo brasileiro seja apenas a reversão das tarifas, nem ele nem Eduardo Bolsonaro seriam “obstáculos”.
As tarifas foram justificadas pelo presidente Donald Trump com base nos processos que Jair Bolsonaro enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF). Trump classificou as ações judiciais como uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente brasileiro.
Desde março, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo têm atuado para que os Estados Unidos apliquem sanções contra ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes. Eles alegam que o magistrado viola direitos humanos na condução de processos relacionados aos atos de 8 de janeiro, à disseminação de fake news e à suposta tentativa de golpe de Estado, pela qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Sanções pela Lei Magnitsky
Alexandre de Moraes foi incluído na lista de autoridades sancionadas pela Lei Magnitsky, que prevê restrições financeiras a indivíduos acusados de violar direitos humanos. A esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, também foi alvo da medida. Segundo os interlocutores, há expectativa de que outros ministros do STF sejam sancionados nos próximos meses.
Com informações do Portal R7