A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou, nesta semana, uma nova e dura crítica ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em publicação na rede social X, o magistrado foi chamado de “descontrolado” e acusado de prejudicar a relação diplomática entre Brasil e EUA.

Na nota publicada, a embaixada afirma que “os Estados Unidos continuam a esperar que o Brasil contenha o descontrolado ministro do STF Moraes, antes que ele destrua completamente a relação que nossos grandes países desfrutam há mais de dois séculos”.

A declaração foi atribuída ao vice-secretário de Estado, Christopher Landau, que já havia feito críticas semelhantes anteriormente. Segundo o texto, “em vez de buscar uma solução para resolver a crise, o Brasil está permitindo que esse violador de direitos humanos, já sancionado, dobre a aposta em seu abuso do processo judicial para perseguir uma agenda descaradamente política. Os Estados Unidos não permitirão que Moraes estenda seu regime de censura ao nosso território”.

Na semana anterior, a embaixada já havia repercutido outra fala de Landau, em que o vice-secretário dizia: “Os Estados Unidos condenam o uso da lei como arma política. Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, me dói ver o ministro Moraes desmantelar o Estado de Direito no país e arrastar as relações entre nossas grandes nações para o ponto mais sombrio em dois séculos”.

As publicações ocorrem em um contexto de tensão diplomática crescente entre os dois países, intensificada após a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão. Em meio ao cenário, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou que o Brasil deve sofrer novas sanções em breve.

As declarações oficiais da Embaixada dos Estados Unidos marcam uma escalada nas críticas ao ministro Alexandre de Moraes e evidenciam o desgaste nas relações diplomáticas entre Brasil e EUA. Com promessas de novas sanções e um tom cada vez mais severo, o cenário indica uma crise bilateral que pode se aprofundar nos próximos meses.

Com informações do Metrópoles

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