Maria Gorete de Oliveira, de 56 anos, foi assassinada pelo genro na tarde de sexta-feira (29) em Divinópolis, cidade do interior de Minas Gerais. Ela trabalhava como servente escolar na Escola Municipal Benjamin Constant, localizada na comunidade rural dos Buritis. A filha da vítima, Lorraine Reisla de Oliveira, de 30 anos, também foi baleada e segue internada em estado grave no Complexo de Saúde São João de Deus.
O crime e as circunstâncias
Segundo a Polícia Militar, o suspeito do crime, um homem de 39 anos, é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Ele relatou que foi até a casa da esposa para retirar seus pertences após manifestar o desejo de se separar. Durante a discussão, que envolveu a mulher e a sogra, ele afirmou que a esposa teria tentado atacá-lo com uma faca, momento em que disparou contra as duas.
Maria Gorete de Oliveira não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Lorraine foi socorrida em estado gravíssimo e encaminhada ao hospital. O suspeito do crime foi preso em flagrante e está detido, respondendo pelos crimes de feminicídio e posse ilegal de arma de fogo. A arma utilizada no crime foi apreendida.
Lamentações e solidariedade
Maria Célia, amiga de Gorete, destacou o impacto da tragédia na comunidade. “Era uma pessoa ótima, batalhadora, que lutou para criar a filha“, disse ela. A amiga também ressaltou o carinho com o qual Gorete era tratada na Escola Benjamin Constant, onde trabalhou por mais de 20 anos. A escola, em sinal de luto, fechou mais cedo após tomar conhecimento da tragédia.
O corpo de Maria Gorete foi sepultado na manhã de sábado (30) no cemitério da comunidade de Buritis. A Prefeitura de Divinópolis emitiu uma nota lamentando a morte da servidora e se solidarizando com a filha Lorraine, que permanece hospitalizada. A gestão municipal também reafirmou seu compromisso de combate à violência de gênero e repúdio a casos de feminicídio, ressaltando a importância de uma sociedade mais segura e igualitária para as mulheres.
O caso de Maria Gorete de Oliveira é mais um episódio trágico de feminicídio em Minas Gerais, que abala a comunidade local e chama a atenção para a necessidade urgente de prevenção à violência doméstica. A servidora pública, que dedicou mais de duas décadas ao serviço escolar, deixa um legado de dedicação e carinho, especialmente na escola onde foi muito querida. Enquanto a família lida com a dor dessa perda irreparável, o caso também reforça a importância de continuar o trabalho no combate à violência contra a mulher.
Com informações do G1 Centro Oeste