Estudantes de duas escolas da rede municipal de ensino de Belo Horizonte tiveram as aulas suspensas nesta segunda-feira (25) após denúncia de violência contra professores e funcionários.
As agressões físicas e verbais teriam partido de pais de alunos das instituições. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sindrede-BH), a paralisação ocorre como forma de protesto e um ato foi marcado na porta das unidades.
De acordo com a diretora Sindrede-BH, Flávia Silvestre, um dos casos ocorreu na Escola Municipal Américo Renné Giannetti, no bairro Concórdia, região Nordeste da capital, na última quinta-feira (21). Na ocasião, o pai de um estudante invadiu a instituição e agrediu monitores terceirizados com chutes, além de ter agredido verbalmente os professores que atuam no local.
O segundo caso foi registrado na Escola Municipal Lídia Angélica, no bairro Itapoã, na região da Pampulha, quando uma mãe ameaçou de morte dois professores e proferiu frases racistas e homofóbicas contra os docentes. “Por isso essas duas escolas hoje fecharam as portas. As unidades estão fazendo atos nas comunidades para que a população também abrace a ideia do fim da violência nas escolas”, conta Flávia Silvestre.
A diretora do sindicato afirma ainda que os casos não são isolados e que há uma escala dos casos violentos contra os professores e funcionários das escolas em BH. “Houve um aumento considerável. Só neste ano a gente recebeu muitas denúncias. Em uma escola, uma mãe agrediu uma diretora. Está sendo muito recorrente essa liberdade dos pais para questionar de forma violenta algumas professoras, alguns trabalhadores, de achar que é possível que eles resolvam as coisas agredindo e violentando. Os trabalhadores estão muito fragilizados com tudo isso”, lamenta.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte lamentou os ocorridos e informou que a Secretaria Municipal de Educação e as Diretorias Regionais de Educação já estão apurando os fatos e dialogando com as escolas para os encaminhamentos devidos. A PBH garantiu ainda que os profissionais estão sendo assistidos.
“A PBH ressalta ainda que a Guarda Civil Municipal realiza um trabalho especializado, denominado como Patrulha Escolar, que destina parte de seu efetivo exclusivamente para atividades voltadas para a garantia da paz e da segurança no ambiente escolar”, pontua.
Fonte; O Tempo