Não tem sido fácil para aqueles que sempre acreditaram que este “País das Maravilhas” era a “Terra abençoada por Deus”, serem agora obrigados a assistirem calados a macabra cena orquestrada pela tecnologia que insiste em assumir o papel que antes era regido por intelectuais – filósofos e/ou grandes pensadores. É que hoje, constatamos que, feliz ou infelizmente, a cada dia de vida, cada vez mais, estamos sendo controlados, direcionados ou manipulados pela máquina que, recentemente, nos apresentaram como sendo a tal “Inteligência Artificial”. É claro que ela foi “parida” por algum ou por muitos seres humanos que proposital ou inadvertidamente deram asas à imaginação e em nome dos tais avanços tecnológicos a deram vida, quase própria.

Ocorre que a vida, para muitos de nós, também aqui incluídos, até mesmo muitos que se dizem ateus, só tem sentido quando exercida respeitando parâmetros balizados por conceitos de dignidade e amor. Aqui inclusos outros como o exercício e o respeito às leis e o reconhecimento da necessidade de seguirmos algumas convenções que podem ser encontradas no rol daqueles que nos conduzem a adotar a defesa dos “direitos humanos” como norma permanente.

De alguma forma, isto nos indica que a igualdade e a fraternidade são e sempre deveriam ter sido objetivo de vida de todos os que nos antecederam, assim como os daqueles que nos sucederão quando não mais habitarmos este planeta que o Criador nos emprestou para dele usufruirmos ainda que por tempo limitado. E aí o questionamento: Até quando? Ao que nos parece, nem mesmo a tal Inteligência Artificial é ou já foi capaz de nos tirar uma dúvida existencial, nos respondendo a simples indagação: até quando?

Pois bem, se ela, a poderosa máquina dominadora dos tais algoritmos ainda não foi capaz de resolver esta questão, sem medo de errar, somos capazes de afirmar que qualquer ser humano, ainda que reconhecido como analfabeto, nascido e criado em qualquer parte deste mundão de Deus, se questionado, possa responder de modo simplório à indagação, afirmando que: enquanto houver amor haverá esperança e com ela, de alguma forma, seja esta incipiente ou não, haverá sim, vida. Mas, aqui é preciso nos lembrarmos também dos três reinos: animal, vegetal e mineral, os quais nos cercam desde o nascimento.

O cuidado com a preservação da natureza e a implementação de posturas que cultivem as práticas de realmente se amar ao próximo como a nós mesmos, tem nos mostrado que estes ensinamentos, há mais de 2.000 anos, conseguiram, ainda que a duras penas, manter nesta terra a crença de que a vida por aqui, possa coexistir com tudo e todos que em direção oposta queiram contra ela lutar.

E é aí que numa guinada de pensamentos, de 180 graus, ficamos a imaginar o que de fato motiva, por exemplo, certas pessoas reconhecidas como sendo figuras de grande saber jurídico, lutarem para manter em liberdade, criminosos que conforme se noticiou esta semana, novamente foram flagrados pela polícia num repeteco macabro da ação delituosa. Esta, segundo registros oficiais, foi a trigésima vez, em curto espaço de tempo, que ele de armas em punho, assaltou e/ou cometeu crimes outros contra cidadãos “de bem”.

Perguntamos: como aceitar calados milhares de outros descalabros jurídicos em que se providenciam a liberdade de criminosos condenados em uma, duas ou três instâncias? Estes, em liberdade simplesmente porque a caneta e a vontade de um “juiz”, assim decidiu, sabe-se lá por quais motivos.

E finalizando, mas ao mesmo tempo justificando a nossa dúvida que se resume na frase “está tudo muito estranho”, ficamos a imaginar que a tal Inteligência Artificial, quem sabe, até mesmo mais cedo do que imaginamos, produza como reposta a uma pesquisa, a seguinte informação: que realmente nesta terra que nos ensinaram ter sido descoberta por Cabral, tudo vai mudar. Não se sabe se para pior, ou melhor, mas que, por uma questão de foco econômico, em breve, não mais precisaremos de senadores, deputados federais, estaduais, vereadores, governadores, ministros, secretários e muitos outras mais, já que, a máquina administrativa, que a gente pensava ser essencial para a manutenção e o funcionamento dos tais Três Poderes, será substituída pela senhora conhecida como I.A (Inteligência Artificial). A grande dúvida, e acredito que ela não nos revelará será: quem a controlará? Ela própria ou por aqui teremos pelo menos uma ou quem sabe mais outras inteligências humanas, em seu comando?

Pena que esgotamos o espaço determinado pela inteligência do nosso diagramador assim como o tempo para prosseguirmos juntando letrinhas neste desabafo em forma de texto. Quem sabe na próxima edição, com muito amor e respeito, a gente consiga traçar aqui o perfil ou a silhueta de alguns daqueles que, a gente desconfia, podem muito bem estar no controle da tal senhora I.A. Parece-nos que por ali temos carecas, algumas até cobertas por perucas, alguns obesos, gente feia, gente fina e, muito mais!

Feliz Natal a todos. Aos eventuais leitores e todos que povoaram os pensamentos ou passaram por nossas cabeças durante a leitura deste textículo. Com X mesmo, senão, Elon Musk nos bloqueia.

 

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