A família de Juliana Marins, 26, que morreu depois de cair na trilha de um vulcão na Indonésia, diz que a equipe de resgate foi negligente e que vai lutar por justiça. A turista esperou quatro dias por socorro.
“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado Juliana ainda estaria viva”, afirmou a família em publicação no perfil Resgate Juliana Marins no Instagram.
“Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!”, completou.
O corpo da turista brasileira foi resgatado do penhasco nesta quarta-feira (25/06). Ainda de acordo com a família, a equipe terminou de içar o corpo de Juliana às 14h45 (horário local, madrugada no Brasil).
Às 15h (horário local), começou o deslocamento da maca com o corpo dela até a entrada do parque. A perspectiva é de que esse trajeto dure cerca de oito horas.
Ela foi localizada com vida, mas o resgate só a alcançou nesta terça-feira (24/06), quando já estava morta. “Felizmente, graças a Deus, a equipe conjunta da SAR finalmente conseguiu resgatar Juliana de Souza Pereira Marins”, informou o perfil da polícia local.
Segundo o órgão, o corpo será levado para o Hospital Bhayangkara Polda NTB.
Juliana havia caído no local na sexta-feira (20/06) enquanto fazia uma trilha para alcançar o cume de um vulcão no monte Rinjani. Segundo a família, ela teria relatado que estava cansada durante o trajeto — que levaria três dias —, e o guia teria dito para ela descansar enquanto o grupo seguiu caminhando. Sozinha, a brasileira teria caído em um local íngreme, de difícil acesso.
As equipes de busca foram reforçadas após críticas da família. Os governos da Indonésia e do Brasil se mobilizaram e anunciaram ações para tentar salvar a turista. O resgate gerou comoção nas redes sociais.
Apenas nesta segunda-feira (23/06), Juliana foi localizada com ajuda de um drone térmico. Ela estava presa em um penhasco rochoso e visualmente imóvel, de acordo com a direção do parque onde fica a trilha. O local era de difícil acesso tanto para alpinistas quanto por helicóptero, e as buscas tiveram de ser paralisadas diversas vezes por conta do tempo ruim.
Fonte: Francisco Lima Neto/Folhapress