A mulher que teve 70% do corpo queimado pelo marido em Alfenas, no Sul de Minas, morreu nessa quarta-feira (31) após ficar internada por 27 dias em estado grave. Com a sua morte, a Polícia Civil define o crime como feminicídio consumado. O suspeito, de 38 anos, está preso desde a sexta-feira de 12 de maio, quase uma semana após o crime.

De acordo com a investigação, quando a mulher, de 34 anos, e o marido foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros Militar e encaminhados ao hospital, as informações eram de que ela havia sido vítima de um acidente doméstico. “A princípio, as queimaduras seriam de um acidente devido a explosão de um carregador de celular. No entanto, com as investigações, a Polícia Civil descartou essa hipótese”, explica a delegada de polícia Rafaela Santos Franco.

As apurações realizadas e o depoimento de testemunhas levaram a polícia a concluir que, na verdade, o marido da vítima teria agido com a intenção de matá-la. “A Polícia Civil concluiu que ocorreu uma tentativa de feminicídio, agora consumado. O suspeito teria colocado combustível no corpo da mulher e ateado fogo”, continua a delegada.

“O crime imputado ao suspeito é o crime de feminicídio consumado. Aquele em que a mulher é morta pelo seu gênero dentro do convívio doméstico e familiar”, explica Franco. De acordo com a delegada, o crime é agravado uma vez que a mulher teve defesa dificultada e houve emprego de fogo. As investigações continuam e o inquérito deve ser finalizado e entregue à Justiça nos próximos dias.

Fonte: O Tempo

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