Um galo criado por um casal de idosos em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, está no centro de uma polêmica após ser acusado de perturbar o sossego de vizinhos com cantos constantes durante a madrugada. O caso chegou à Polícia Militar e à Prefeitura, e o animal poderá ser retirado da residência, dependendo do resultado de uma vistoria programada para esta quarta-feira (17).

Segundo denúncias de moradores de um prédio vizinho, o barulho causado pela ave tem sido recorrente e ocorre principalmente durante a noite e nas primeiras horas da manhã. A reclamação resultou no registro de um boletim de ocorrência junto à Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e no acionamento da Secretaria Municipal de Saúde, que enviará uma equipe da Vigilância Ambiental em Saúde para avaliar o caso.

A fiscalização será feita com base no Código Municipal de Saúde, que proíbe a criação ou conservação de animais que causem incômodo ou insalubridade. O artigo 82 do código especifica que “não será permitida a criação ou conservação de animais vivos, que pela sua espécie ou quantidade sejam causa de insalubridade, incômodo ou em condições que configurem o uso anormal de propriedade“, citando sons que perturbem o sossego como um dos critérios.

Um dos moradores do prédio vizinho, que preferiu não se identificar, relatou à reportagem que o problema teve início na última quinta-feira (11), data do registro da ocorrência. “A gente tinha a expectativa de que a situação fosse resolvida, mas não foi o que aconteceu. Só piorou desde então. E isso é muito ruim para quem trabalha de turno”, afirmou.

O barulho do galo fez com que ele deixasse de usar o quarto dos fundos do apartamento. “Não adiantou muito, acho que a única saída vai ser mudar de apartamento. Já estamos procurando”, contou. Ainda de acordo com o morador, no último final de semana, vizinhos tentaram capturar a ave. Ele afirma que tentaram conversar com os donos do animal, mas não houve resolução. “Disseram que a casa deles estava aqui antes do prédio ser construído. É um casal de idosos, não faz sentido ficar discutindo”, completou.

A situação agora depende da vistoria da Vigilância Ambiental, que avaliará se a presença do galo configura infração às normas de saúde pública do município. Caso o incômodo seja confirmado, o animal poderá ter que ser retirado da residência. Enquanto isso, o impasse entre o sossego dos moradores e o direito do casal de manter o animal permanece sem solução.

Vídeo: Reprodução/X/ O Tempo

Com informações do jornal o Tempo

COMPARTILHAR: