A Caixa Econômica Federal prepara a criação de um fundo imobiliário lastreado em imóveis dos Correios, como parte de uma estratégia do governo federal para reequilibrar as finanças da estatal. A informação foi confirmada pela assessoria do banco nesta quinta-feira (23) ao portal Metrópoles. O projeto integra o plano de reestruturação financeira dos Correios, que enfrentam dificuldades em seu fluxo de caixa.

O novo fundo será formado a partir de parte do portfólio imobiliário dos Correios, composto por prédios e terrenos da estatal. O objetivo é transformar esses ativos fixos em liquidez, ou seja, convertê-los em recursos financeiros. Na prática, a Caixa será responsável por estruturar o fundo e vender cotas a investidores do mercado.

Os valores arrecadados com a operação irão diretamente para o caixa dos Correios, contribuindo para aliviar a situação financeira da empresa enquanto outras medidas de ajuste são implementadas. Parte dos imóveis incluídos no fundo continuará sendo utilizada pelos Correios, que passarão a pagar aluguel por esses espaços.

A remuneração dos cotistas do fundo será feita a partir dos aluguéis pagos pela estatal e dos rendimentos gerados pela exploração dos imóveis. A operação permitirá que a empresa continue suas atividades normalmente, mas com uma nova estrutura de gestão de patrimônio e geração de receita.

Caixa será responsável pela operação
Além de estruturar e lançar o fundo imobiliário, a Caixa poderá também oferecer empréstimos complementares para viabilizar a operação — possibilidade que ainda está em análise. A criação do fundo faz parte de um plano mais amplo de recuperação financeira dos Correios, que conta com o apoio do governo federal e busca equilibrar receitas e despesas.

Em paralelo, o Tesouro Nacional se comprometeu a garantir um crédito de R$ 20 bilhões à estatal. O recurso tem como finalidade reforçar o fluxo de caixa e assegurar a continuidade dos serviços enquanto o processo de reestruturação avança.

O plano de recuperação dos Correios está estruturado em três frentes principais:

  • Corte de despesas: redução de custos operacionais e administrativos;
  • Diversificação de receitas: criação do fundo imobiliário e novas fontes de faturamento;
  • Recuperação financeira: operações de crédito, garantias e reestruturação de ativos.

Com o lançamento do fundo imobiliário e o aporte de recursos do Tesouro, o governo federal aposta em um modelo de recuperação sustentável para os Correios, combinando valorização de ativos, redução de custos e injeção de liquidez. A operação, conduzida pela Caixa, é vista como uma alternativa para fortalecer o caixa da empresa e garantir a manutenção dos serviços postais durante o período de transição financeira.

Com informações do Metrópoles

 

COMPARTILHAR: