O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (14) que o governo federal está “completamente seguro” de que não será necessário retomar o horário de verão neste ano. A declaração foi feita durante participação no programa “Bom Dia, Ministro”, transmitido por emissoras de rádio.
Segundo Silveira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que se reúne mensalmente, concluiu que o país vive uma situação de “segurança energética completa e absoluta”, resultado do planejamento estratégico e dos índices pluviométricos favoráveis registrados nos últimos anos.
“O Brasil é um país que depende naturalmente de suas hidrelétricas, que nos dão segurança energética, mas também dependem das térmicas. Por isso, estamos implementando e vamos lançar, na próxima semana, o leilão das térmicas”, disse o ministro.
Silveira também destacou o avanço das fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica, que embora limpas, são intermitentes por dependerem de fatores naturais. Para enfrentar essa limitação, o governo aposta em sistemas de armazenamento por baterias.
“Estamos com grande expectativa de lançar, ainda neste ano, nosso leilão de baterias. A gente vai literalmente armazenar vento”, afirmou. Ele explicou que o sistema permitirá, por exemplo, armazenar energia solar para uso até às 22h, contribuindo para a estabilidade da rede elétrica.
O ministro citou o apagão ocorrido na Península Ibérica, em abril, como exemplo dos desafios enfrentados por países que também investem em energias intermitentes. “Portugal e Espanha sofreram apagões de longo prazo por causa dessas intermitências”, observou.
Apesar das dificuldades enfrentadas por outras nações, Silveira garantiu que o sistema energético brasileiro é “muito robusto” e fruto de um planejamento “muito bem feito”. Por isso, o governo descarta a adoção do horário de verão em 2025.
“O que não pode é faltar energia para o povo brasileiro. Por isso, teríamos coragem completa e absoluta, caso fosse necessário, de implementar o horário de verão, independentemente das opiniões e controvérsias sobre o tema”, concluiu.
Com informações da Agência Brasil