O Lago de Furnas ultrapassou 93% do volume útil nesta quarta-feira (1º). De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o reservatório chegou a 94% de preenchimento. A marca é um recorde que não era batido desde o dia 21 de janeiro de 2012.

Com a nova marca, o lago agora está perto de uma marca histórica para os últimos anos: atingir 100% do volume útil. A última vez que isso ocorreu foi em 12 de março de 2011.

“Estamos prestes a completar 12 anos da última vez que o Lago de Furnas atingiu a cota máxima, a 768. Isso dá garantia de desenvolvimento econômico para a região. Atrai mais turistas, desenvolve mais a piscicultura, o esporte náutico e proporciona aos empresários da região a possibilidade de planejarem as atividades ao longo do ano”, destacou o secretário executivo da Alago (Associação dos Municípios do Lago de Furnas), Fausto Costa.

“O lago estando cheio nesta época do ano, é sinal de termos uma cota bem mais elevada no segundo semestre. Isso traz mais tranquilidade para todos os empresários e todos os que lutam pelo mar de Minas”, completou.

Chuvas de janeiro

O diretor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajuá (Unifei), Marcelo de Paulo Correa, explicou que, ao contrário do que parece, o mês de janeiro teve mais chuvas que o normal. Segundo ele, os últimos anos é que registraram menos chuvas.

“Este mês de janeiro ele teve chuva um pouco acima da média na região. Ele não é o janeiro mais chuvoso dos últimos 10 anos. Tivemos nos últimos três anos meses de janeiro com chuva abaixo da média. Essas chuvas que caíram em 2023 fizeram com que neste mês tenhamos o que é esperado de chuvas para este verão”, falou o diretor.

“Essas chuvas foram um alento para os reservatórios. Tivemos alguns anos de muita estiagem, diminuição da disponibilidade hídrica e, consequentemente, preocupação com a água para o uso cotidiano, geração de energia e todas as necessidades. Esperamos que essas chuvas, que têm sido recorrentes, sejam suficientes para que os reservatórios atinjam os níveis mínimos adequados. É muito difícil fazer uma estimativa para o inverno, mas esperamos que este ano não tenhamos um sufoco em relação à disponibilidade hídrica”, finalizou.

Fonte: G1 Sul de Minas

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