O presidente eleito e diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (29) os nomes de mais 16 ministros e fechou a lista dos 37 do primeiro escalão do novo governo, com mandato entre 1º de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2026. A cerimônia foi realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição em Brasília.
Os nomes foram escolhidos após muita negociação e uma necessidade de equilíbrio. A promessa da “frente ampla” foi cobrada de Lula, e a futura primeira-dama, Janja Lula da Silva, trabalhou para que a Esplanada dos Ministérios fosse composta com mais diversidade.
Por isso, 11 mulheres foram nomeadas, fazendo o terceiro mandato Lula ser o que mais tem ministras na história do Brasil. Outro destaque é a presença do Ministério dos Povos Indígenas, com a deputada federal Sônia Guajajara (PSol), do povo Guajajara/Tenetehara.
A diversidade partidária também foi cobrada do petista. Com isso, legendas do chamado centrão – MDB, PSD e União Brasil – vão compor pastas importantes do governo. Este último, ao qual está filiado o senador eleito Sergio Moro, opositor de Lula, será base do petista no Congresso. Um dos articuladores do União Brasil, o senador Davi Alcolumbre, líder do partido no Senado, esteve no evento do novo presidente.
Lula também anunciou os nomes dos líderes do governo na Câmara, Senado e Congresso Nacional: José Guimarães (PT-CE), Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Apesar de não divulgar os presidentes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, o petista antecipou que os dois bancos serão comandados por mulheres.
“Depois de muita conversa, muitos ajustes, terminamos de montar o primeiro escalão do governo. Não menos importante, a partir da posse a gente vai começar a discutir o segundo escalão, os cargos do governo federal em cada estado para que a gente possa dentro de pouco tempo estar tendo todas as informações para fazer a máquina funcionar porque o povo brasileiro não pode esperar”, frisou Lula.
Veja a lista dos escolhidos:
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB)
- Ministério da Fazenda: Fernando Haddad (PT)
- Ministério da Justiça: Flávio Dino (PSB)
- Casa Civil: Rui Costa (PT)
- Ministério da Defesa: José Múcio Monteiro (PTB)
- Ministério das Relações Exteriores: Mauro Vieira
- Ministério do Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT)
- Ministério da Saúde: Nísia Trindade
- Secretaria Geral da Presidência: Márcio Macêdo (PT)
- Ministério da Educação: Camilo Santana (PT)
- Secretaria das Relações Institucionais: Alexandre Padilha (PT)
- Ministério do Trabalho: Luiz Marinho (PT)
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações: Luciana Santos (PCdoB)
- Ministério dos Direitos Humanos: Silvio Almeida
- Ministério da Igualdade Racial: Anielle Franco
- Ministério dos Portos e Aeroporto: Márcio França (PSB)
- Ministério da Cultura: Margareth Menezes
- Ministério das Mulheres: Cida Gonçalves
- Ministério de Gestão e Inovação: Esther Dweck
- Ministério de Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD-MG)
- Ministério do Meio Ambiente: Marina Silva (Rede-SP)
- Ministério do Planejamento e Orçamento: Simone Tebet (MDB-MS)
- Ministério da Previdência: Carlos Lupi (PDT)
- Ministério dos Transportes: Renan Filho (MDB-AL)
- Ministério das Cidades: Jader Filho (MDB)
- Ministério dos Povos Indígenas: Sônia Guajajaras (Psol-SP)
- Ministério dos Esportes: Ana Moser
- Gabinete de Segurança Institucional: Gonçalves Dias
- Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT-RS)
- Ministério da Agricultura e Pecuária: Carlos Fávaro (PSD-MT)
- Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT-AP)
- Ministério da Pesca e Aquicultura: André de Paula (PSD-PE)
- Ministério das Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil-MA)
- Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: Paulo Teixeira (PT-SP)
- Ministério do Turismo: Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ)
- Advocacia-Geral da União (AGU): Jorge Messias
- Controladoria-Geral da União (CGU): Vinícius Carvalho
Fonte: Estado de Minas