A Justiça do Rio de Janeiro condenou, nesta terça-feira (5), a mãe e a madrasta acusadas de torturar e matar Ketelen Oliveira Vitória da Rocha, de seis anos, no município de Porto Real, no sul fluminense, em abril de 2021.

Gilmara Oliveira de Faria e Brena Luane Barbosa Nunes receberam um pena de 57 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.

Segundo a denúncia, a dupla promoveu, durante três dias seguidos, sessões de tortura contra a vítima, que consistiam em socos, chutes, arremessos contra a parede, pisões e chicoteadas. A criança ainda foi arremessada de um barranco com cerca de 7 metros de altura.

A acusação do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) apontou que o crime foi cometido por motivo fútil. Isso porque as agressões começaram após a criança ter bebido leite sem a autorização das responsáveis.

Na decisão, o presidente do III Tribunal do Júri da Capital , Cariel Bezerra Patriota, destacou que o caso se tratou de um ato de extrema perversidade.

“A morte de uma criança de apenas 6 anos não se resume a um ato isolado de homicídio. Trata-se de um ato de extrema perversidade que transcende os limites da compreensão humana. A tenra idade da vítima, uma criança inocente e vulnerável, é um fator que exige uma avaliação negativa das consequências do crime. Se tomada, por exemplo, a expectativa de vida da mulher no Brasil (de 79 anos), a ré ceifou, no mínimo, 73 anos de vida da vítima”, ressalta o juiz.

 

Fonte: R7 / Sob supervisão de Bruna Oliveira

 

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