Pelo menos 23 dos 41 vereadores de BH já são pré-candidatos a algum cargo legislativo para as eleições deste ano. Desses, 11 pleitearão a Câmara dos Deputados, outros 11 a Assembleia Legislativa e uma ainda não definiu.

Entre eles, estão a presidente da Casa, Nely Aquino (Podemos), a parlamentar mais votada, Duda Salabert (PDT), e o ex-líder de governo, Léo (União Brasil). As bancadas do PL, União Brasil e PSOL na Câmara pretendem lançar todos os vereadores como candidatos neste ano.

Veja a lista completa:

Vereadores pré-candidatos em 2022

 

Vereador Partido Cargo almejado
Álvaro Damião União Brasil Dep. Federal
Bella Gonçalves PSOL Sob análise
Bim da Ambulância Avante Dep. Estadual
Ciro Pereira PTB Dep. Estadual
Dr. Célio Frois Cidadania Dep. Federal
Duda Salabert PDT Dep. Federal
Flávia Borja Avante Dep. Estadual
Helinho da Farmácia PSD Dep. Estadual
Irlan Melo Patriota Dep. Federal
Iza Lourença PSOL Dep. Federal
Juninho Los Hermanos Avante Dep. Federal
Léo União Brasil Dep. Federal
Macaé Evaristo PT Dep. Estadual
Marcos Crispim PSC Dep. Estadual
Miltinho CGE PDT Dep. Federal
Nely Aquino Podemos Dep. Federal
Nikolas Ferreira PL Dep. Federal
Reinaldo Gomes MDB Dep. Estadual
Rogério Alkimim PMN Dep. Estadual
Rubão PP Dep. Estadual sob análise
Walter Tosta PL Dep. Federal
Wesley PL Dep. Estadual
Wilsinho da Tabu PP Dep. Estadual

 

Como não há prazo para que os vereadores anunciem a candidatura, esse número pode crescer ou diminuir até agosto, quando acontecem as convenções partidárias e os registros de candidatura.

Perda de mandato

O vereador que se candidata a algum cargo não perde seu mandato em caso de derrota, exceto se houver troca de partido e não haja acordo com a legenda.

É por essa razão que o mandato do vereador Nikolas Ferreira (PL) está ameaçado. Para se candidatar neste ano, em março ele trocou o PRTB pelo PL, do presidente Jair Bolsonaro.

Como os mandatos legislativos são definidos a partir dos votos obtidos pelos partidos, estes podem entrar na Justiça por infidelidade partidária quando houver troca de legenda antes do período previsto por lei – a chamada janela partidária, período de 30 dias no início do ano de cada eleição.

No último dia 3, o PRTB entrou na Justiça contra Nikolas para requerer o mandato, já que a mudança de partido para o caso dele só seria possível no início de 2024. O processo ainda está tramitando e o prazo para análise é de três meses.

Caso Nikolas perca o mandato, assumirá o primeiro suplente, Uner Augusto (PRTB), que recebeu 2.735 votos em 2020.

Além de Nikolas, Irlan Melo e Wesley vão concorrer à eleição por partidos diferentes do que foram eleitos em 2020. Como eles entraram em acordo com as respectivas legendas, não haverá processo por infidelidade partidária.

Irlan Melo era do PSD e migrou para o Patriota, enquanto Wesley era do PROS e migrou para o PP.

Federais ou estaduais

Até o momento, dos 23 pré-candidatos, 11 pretendem ser deputados federais e outros 11, estaduais. A exceção é Bella Gonçalves (PSOL), que ainda não definiu para qual cargo pretende sair.

A colega de bancada de Bella, Iza Lourença (PSOL), já anuncia que disputará uma vaga para a Câmara dos Deputados. Nos bastidores, circula a informação que ela terá a meta de absorver os votos de Áurea Carolina (PSOL) – deputada federal que não deve tentar reeleição neste ano, embora essa decisão ainda não esteja fechada.

Ainda no campo da esquerda, o PDT anuncia Duda Salabert como pré-candidata a deputada federal, mas ela não esconde a vontade de pleitear o Senado.

“95% dos mineiros, de acordo com a última pesquisa, não sabem em quem votar para o Senado. Entre os que sabem, meu nome aparece em 3° lugar na disputa. E aí? Muita água pra rolar…”, disse Salabert em uma rede social. Ela foi a vereadora mais votada da história da cidade.

Léo (União Brasil), anteriormente conhecido como Léo Burguês, deixou a liderança do governo na Casa para se dedicar à própria campanha a deputado federal e à campanha do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD). No lugar dele, assumiu Bruno Miranda (PDT).

Fonte: G1

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