A Polícia Federal divulgou um balanço das prisões de bolsonaristas realizadas desde o último domingo (8), depois dos atos que envolveram a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, foram 2.052 detenções realizadas em Brasília, incluindo as 209 feitas ainda na noite de domingo pela Polícia Civil e Polícia Militar do Distrito Federal.

Excluindo as primeiras prisões na noite de domingo, 1.843 pessoas foram retiradas do acampamento em frente ao QG do Exército na segunda-feira (9) depois de ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Essas pessoas foram conduzidas pela PM para a Academia Nacional de Polícia e identificadas para responderem pelos crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, perseguição, incitação ao crime, dentre outros.

Do total retirado do acampamento, 1.159 foram presas, passaram por exames no Instituto Médico Legal e depois foram encaminhadas ao sistema prisional. Os homens foram levados para o Complexo Penitenciário da Papuda, enquanto as mulheres foram para a Colméia, Penitenciária Feminina do DF.

Outros 684 detidos que fazem parte de grupos mais vulneráveis foram identificados e responderão em liberdade. São idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e pais/mães acompanhados de crianças que estavam acampados em frente ao QG. Apesar do balanço final da PF informar que esse grupo responderá em liberdade, o delegado-chefe da corporação, Rodrigo Teixeira, havia informado na quarta-feira (11) que haveria responsabilização se as pessoas fossem identificadas novamente em outros atos ilegais.

O processo de condução, identificação e interrogação dos detidos na Academia Nacional de Polícia durou 57 horas ininterruptas e contou com cerca de 550 policiais federais em trabalho. Segundo a corporação, foi a maior operação de polícia judiciária da história da PF.

A Polícia Federal informou que, durante toda a ação, os detidos receberam água para hidratação e alimentação regular, como café da manhã, almoço, lanche e jantar. Ainda, que equipes médicas estiveram disponíveis durante todo o período. Foram realizados 433 atendimentos e, desses, 33 pacientes foram levados para unidades de saúde.

Os procedimentos foram acompanhados pela Ordem dos Advogados do Brasil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Defensoria Pública da União.

Houve também a participação de outros órgãos públicos na operação, como Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Secretarias de Direitos Humanos e de Desenvolvimento Social do DF, Conselho Tutelar, Ministério Público Federal e do DF e Defensoria Pública do DF.

Fonte: O Tempo

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