Manifestantes ocuparam a sede do Itaú, localizada na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 3. Comprado por R$ 1,5 bilhão, o edifício é conhecido como o mais caro do país e o protesto exigiu a taxação dos “super-ricos”.
A manifestação foi organizada pela Frente Povo Sem Medo com participação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e acontece em meio às discussões sobre o projeto de lei com alterações na cobrança do Imposto de Renda (IR).
Atualmente, são isentos do IR aqueles que têm renda mensal de até R$ 2.824. O imposto passa a incidir de forma progressiva até chegar na faixa de 27,5% sobre a renda mensal que ultrapassar os R$ 4.664,68.
Com a proposta do governo, a isenção passaria a incluir quem ganha até R$ 5 mil por mês. Em contrapartida, o Ministério da Fazenda busca a criação de um imposto mínimo para quem ganha mais de R$ 50 mil mensais. O projeto de lei deve ser votado na Câmara até o dia 15 de julho e depois segue para o Senado. A aprovação nas duas casas precisa acontecer até o dia 30 de setembro para que a mudança tenha validade já em 2026.
“Não é somente uma ação simbólica, é uma denúncia clara: os donos do Itaú, que compraram esse prédio por R$ 1,5 bilhão, pagam menos imposto que a maioria esmagadora do nosso povo, que luta para pagar aluguel e comer“, denuncia o MTST.
Os manifestantes carregavam faixas e bandeiras com mensagens como “O povo não vai pagar a conta” e “Taxação dos super ricos já!” e também criticavam o Congresso, acusado de defender os interesses da parcela mais rica da população. O Itaú não se manifestou sobre o protesto.

Foto: Reprodução/Instagram/@mtstsp / Reprodução
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