No primeiro bloco do debate do SBT entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, nesta sexta-feira (20), Pablo Marçal (PRTB) procurou adotar uma postura diferente dos encontros anteriores. Essa mudança vem em resposta a pesquisas que indicaram um aumento em sua rejeição, atribuído à sua abordagem agressiva e ao tom de deboche em relação a outros candidatos.

O ápice das provocações ocorreu no último domingo (15), durante debate da TV Cultura, que terminou em José Luiz Datena (PSDB) arremessando uma cadeira no ex-coach. O candidato do PRTB recuperou uma denúncia de assédio sexual contra Datena – arquivada pela Justiça em 2019 – e o chamou de “jack”, gíria usada em presídios para identificar um estuprador.

Nesta sexta-feira (20), em embate com Tabata Amaral (PSB), o influenciador pediu “perdão” ao eleitorado pelo baixo nível que marcou a campanha em São Paulo e prometeu ser diferente a partir deste momento. Ele, no entanto, não deixou de atacar os adversários e disse que a candidata estava tentando baixar o nível do encontro entre os candidatos no SBT.

“Quero pedir perdão para todo eleitor paulistano. A campanha começa para valer agora. A minha tentativa até o último debate foi expor o caráter de cada um. De alguém que precisa de internação psiquiátrica, de alguém que é ditatorial, alguém que tem boletim de ocorrência em relação a violência doméstica”, disse o candidato do PRTB.

“A minha pior [versão] eu já mostrei nos debates, a partir de agora você vai ver postura de governante, que gerou riqueza, mais empregos, que de fato é o único candidato que pode te tirar dessa miséria”, completou. Antes, Tabata havia comparado Marçal ao “jogo do Tigrinho”, dizendo que ele tem “promessas falsas que podem atrair quem está desiludido”.

 

Dobradinhas

No restante do bloco, os demais candidatos focaram no debate de propostas em áreas como saúde, segurança pública e meio ambiente. Eles também evitaram fazer perguntas a Marçal para evitar embates com o ex-coach que terminaram em cortes virais nas redes sociais.

Em diversos momentos também ocorreram “dobradinhas”. Uma delas foi entre Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo). Ambos aproveitaram para criticar o PSOL, partido de Guilherme Boulos, dizendo que a esquerda distribui dinheiro para a “camaradagem”.

Marina ainda alfinetou José Luiz Datena (PSDB): “Até o Datena, que gaguejava no primeiro debate, aprendeu a falar”, fazendo menção ao que chama de “teatro político”.

Este é o segundo encontro entre os candidatos após a cadeirada de José Luiz Datena em Pablo Marçal, no debate da TV Cultura, no último domingo (15). No embate seguinte, na terça-feira (17), os postulantes mantiveram o ambiente de beligerância, com trocas de ofensas e acusações.

 

Fonte: O Tempo

 

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