A população formiguense está indignada com a situação em que se encontra a cidade. Basta dar uma volta por aí para presenciar o descaso da administração com o município. O mato está tomando conta de ruas no Centro, nos bairros e nos locais de esporte e lazer.
O descontentamento da população é tal que muitos estão se manifestando nas redes sociais e enviando reclamações e fotos para as redações dos jornais locais, a fim de chamar a atenção da administração pública.
A equipe do jornal saiu pela cidade para conferir as reclamações e encontrou várias vias, praças e quadras esportivas em completo abandono.
A quantidade de mato, em algumas ruas do Centro, está atrapalhando o trânsito dos pedestres. O matagal é tanto que pessoas precisam descer das calçadas e andar nas ruas para se desvencilharem do mato e até de animais peçonhentos.
Na quadra do Cras II, no bairro Nossa Senhora de Lourdes, os atletas de vôlei, que treinam no local, e outros usuários reclamam do abandono em que a quadra se encontra.
?Treinamos à noite. O mato está muito alto e quando a bola cai fora da quadra, temos que procurá-la em meio ao matagal, correndo o risco de se deparar com animais peçonhentos?, disse um dos atletas.
A situação na sede do antigo Caps (Centro Social), no bairro Engenho de Serra não está diferente. O mato tomou conta de todo o local. Animais peçonhentos assustam os moradores que, com a atual situação, entraram em contato com a redação do jornal para protestar. A situação da praça Francisco Balbino, situada em frente a antiga sede do Caps, também se encontra em total abandono, além do mato, o local está todo destruído, precisando urgentemente de uma manutenção.
Moradores do Bela Vista também reclamam do estado em que se encontram as ruas do bairro. O mato está tomando conta das calçadas, impedindo o trânsito de pedestres. Eles também precisam andar pelas ruas por causa do matagal.
Pessoas que praticam corrida e caminhada no calçadão, sentido Rodoviária/ Parque de Exposição, estão encontrando dificuldades para caminhar devido ao mato que tomou conta do caminho.
A situação também é alarmante na avenida João Pimenta da Veiga, pois a calçada onde muitos moradores fazem caminhada está tomada pelo mato. Para poder caminhar ou transitar naquela localidade, os pedestres precisam andar pela avenida, correndo riscos, pois a mesma tem um tráfego intenso de veículos de grande porte. Sem contar os buracos na via que dá entrada à cidade, com o intenso tráfego de veículos pesados, os enormes buracos na avenida estão, a cada dia, mais profundos.
A redação do jornal entrou em contato com a Secretaria de Comunicação para saber quais ações serão tomadas para resolver os problemas relacionados e obteve a seguinte resposta da pasta:
?Esses locais serão limpos (capinados, mato cortado, etc). Entretanto, a Secretaria tem um cronograma a seguir e, como a demanda é muito grande, não há como atender a todos ao mesmo tempo. Os capinadores e roçadores estão trabalhando inclusive em escala nos fins de semana. Infelizmente, não são só esses locais citados pela interessada que necessitam de corte do mato. Oportunamente, a equipe de limpeza comparecerá nesses locais?.
Cronograma de Capina
A Secretaria de Comunicação enviou também cronograma de capina que será realizado pela Secretaria de Gestão Ambiental:
– Implementação de horário especial de capina manual e capina mecânica (roçadeiras) aos sábados;
– Aquisição de mais roçadeiras mecânicas para o trabalho de corte de mato;
– Treinamento de mais pessoal para o trabalho de operação de roçadeiras;
– Execução de capina química (com produto adequado e dentro da lei);
– Manutenção do cronograma de capina de ruas (algumas áreas ainda não foram atendidas porque, pela programação, ainda não chegou o momento de elas serem contempladas).
?Nesta época, em virtude das chuvas, é comum o mato crescer em vários pontos. Temos um cronograma de trabalho e vamos seguí-lo. Porém, medidas emergenciais estão sendo tomadas para acelerar a solução dessa questão. Faremos o possível, dentro da lei, para atender a população a contento?, destacou o secretário municipal de Gestão Ambiental, Jorge Zaidam.
Levando em consideração de que estamos passando por um período de estiagem, já que não chove na cidade desde o final do ano passado, e exatamente por essa razão o estado do município não deveria estar tão crítico, afirma uma reclamante que se indignou ao tomar conhecimento da resposta oficial.

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