Minas inaugurou nesta terça-feira (20) o Centro Integrado de Inteligência Cibernética (Ciberint), voltado à atuação na prevenção, neutralização e repressão à violência nas escolas. A iniciativa mineira é a primeira do país e prevê um trabalho integrado com forças de segurança para prevenir episódios de violência extrema em colégios do Estado.

O Ciberint funcionará na sede da Agência Central de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no Prédio Alterosas, na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas, em Belo Horizonte.

O local foi equipado com computadores modernos, dotados de tecnologia avançada, permitindo que representantes de diferentes instituições atuem de forma integrada no monitoramento de redes sociais, jogos on-line, fontes abertas, deep web e dark web, identificando ameaças de ataques em escolas, bem como no combate a demais crimes virtuais.

O projeto concorreu com outros para receber financiamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública e ficou em 1° lugar, obtendo recurso de quase R$ 3 milhões.

O Ciberint também será um centro de pesquisa, recebimento, tratamento e difusão de denúncias entre todas as instituições com atuação na temática. As denúncias serão recebidas nas forças de segurança e apuradas no laboratório.

“O foco é monitorar a violência escolar extrema, o comportamento dos jovens que saem do padrão e que merecem atenção por parte das polícias. É um trabalho preventivo, mas a estrutura pode ser usada nas investigações depois que crimes forem cometidos“, destacou o vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo).

Conforme Simões, o investimento em tecnologia e conhecimento cibernético para navegar em ambientes comumente utilizados pelos jovens na internet permitirá prevenir e neutralizar tais ataques.

O vice-governador explica que a estrutura também pode ser usada nas investigações depois que crimes são cometidos. “Será utilizado para isso, mas o nosso principal objetivo é identificar aqueles jovens que estejam em situação que demande a atuação da família, da justiça, das estruturas médicas. Nós já temos vários casos que foram resolvidos a partir do nosso esforço digital. Até o momento, 43 casos já foram solucionados e ataques impedidos pela atuação das nossas polícias”.

O trabalho integrado será coordenado pela Agência Central de Inteligência da Sejusp, respeitando a autonomia das instituições, com base em um protocolo de atuação que está sendo construído de forma também conjunta.

 

Fonte: Hoje em Dia

 

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