O armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra febre aftosa estão proibidos no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. A decisão consta de portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e faz parte do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa.

Segundo o Mapa, a medida tem como objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres da doença, sem necessidade de vacinação, protegendo o gado nacional.

“O Brasil tem um plano estratégico para se tornar livre de febre aftosa sem vacinação, com reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), até 2026 e essa proibição, nesses sete estados, faz parte desse plano”, afirmou Eduardo de Azevedo, diretor do Departamento de Saúde Animal.

Os seis estados e o Distrito Federal, que não precisarão mais vacinar os rebanhos bovino e bubalino contra a febre aftosa, somam aproximadamente 113 milhões de cabeças, representando cerca de 48% dos animais de criação do país. A retirada da imunização também reduz custos, permitindo que produtores usem parte dos recursos no custeio e investimentos necessários à manutenção do status sanitário atual.

Segundo o Mapa, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, sendo responsável por cerca de 15% da produção global e por 20% das exportações mundiais. Em 2022, nosso país exportou mais de 2,26 milhões de toneladas de carne vermelha, gerando cerca de US$ 13 bilhões. Além disso, o setor pecuário é responsável por cerca de 30% do PIB do agronegócio brasileiro – que é quase 21% do PIB total.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

(*) Com portal do Mapa.

Fonte: Hoje em Dia

 

COMPATILHAR: