Mais de 45 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica no primeiro semestre deste ano, em Minas Gerais. Os dados apontam que, entre essas mulheres, 37 foram assassinadas e 64 foram vítimas de tentativa de feminicídio.

Os números apontam a necessidade de ampliar das ações de proteção às vítimas e também revelam que mais gente tem procurado ajuda quando presencia uma situação de violência. É o que explica a delegada Amanda Pires, do Departamento Estadual de Investigação Orientação e Proteção à Família de Minas Gerais.

“São números que demonstram que apesar de várias campanhas da ampliação da rede de atendimento nós ainda precisamos melhorar muito a nossa capacidade de atuação para que esses números de fato sejam reduzidos”, avalia Amanda Pires que completa dizendo que os dados demonstram um lado positivo. “Os números, por outro lado, podem significar também que mais mulheres em situações de violência têm sido encorajadas a noticiar esses graves atos de violação aos seus direitos”.

Sobre aquela velha história de que em briga de marido e mulher “não se mete a colher”, a delegada faz questão de ressaltar que esse tempo já passou e que atualmente existem, inclusive, leis que obrigam por exemplo administradores de condomínio e síndicos a noticiarem a violência. “No auge da pandemia foi editada uma lei que obriga os administradores de condomínio e os síndicos a noticiarem as violências de gênero contra a mulher naqueles ambientes, como uma forma de ampliar essa rede de proteção das mulheres. As autoridades públicas têm o dever de proteção da mulher de enfrentar a violência. Mas a sociedade também pode ajudar.”

Como denunciar

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – é uma parceria da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República – SPM – e as empresas Embratel, Eletronorte, Eletrobrás, Furnas e do Disque Denúncia do Rio de Janeiro.

Onde procurar:

– as delegacias de atendimento especializado à mulher.

– as defensorias públicas.

– os postos de saúde.

– o instituto médico legal para os casos de estupro.

– os centros de referência.

– as casas abrigo.

– outros mecanismos de promoção de defesa de direitos da mulher.

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional.

Fonte: Itatiaia

COMPATILHAR: