Técnicos do Ministério da Saúde estão na cidade de Piau, na Zona da Mata Mineira, auxiliando na investigação epidemiológica dos casos de febre oropouche. Os enviados a Minas Gerais integram o Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS).

A iniciativa desenvolve competências em epidemiologia de campo, vigilância em saúde, investigação de surtos e outros eventos de saúde pública. Os profissionais em treinamento fazem investigações e produzem dados a partir do que é feito nos serviços de saúde e junto aos moradores locais.

Piau é a segunda cidade de Minas Gerais com mais registros de casos da doença, com 85. A primeira é Joanésia, no Vale do Aço, com 140 registros. Ao todo, o Estado soma 283 casos da enfermidade.

 

Casos registrados por município

140 casos em Joanésia

85 casos em Piau

30 casos em Coronel Fabriciano

15 casos em Timóteo

3 casos em Ipatinga

3 caso em Coronel Pacheco

1 caso em Congonhas

1 caso em Coroaci

1 caso em Gonzaga

1 caso em Bom Jardim de Minas

1 caso em Juiz de Fora

1 caso em Rio Novo

1 caso em Tabuleiro

 

O que é febre oropouche?

A febre do oropouche é doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes). Ela é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora, ou pelo pernilongo.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

Ciclo Silvestre: nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor.

Ciclo Urbano: nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, o pernilongo comumente encontrado em ambientes urbanos, pode transmitir o vírus também.

 

Tratamento
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

 

Prevenção

Recomenda-se:

  • Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
  • Usar telas de malha fina em portas e janelas.
  • Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
  • Não deixar acumular folhas e frutos que caem no solo das casas, pois é convidativo aos mosquitos.
  • Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.
  • Em caso de sintomas suspeitos, procure ajuda médica imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença.

 

Fonte: Ministério da Saúde (MS) / O Tempo

 

 

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