1 – A ação de grupos sociais, de outras entidades e a intervenção de políticos mineiros, ou não, que abraçaram a causa, resultou na contratação do reinício das obras de derrocamento, no Tietê.

2 – A Emenda Constitucional 106 que fixa a cota mínima de Furnas em 762, finalmente, está mais próxima de se tornar para sempre, realidade!

3 – O ralo aberto durante décadas para suprir o volume necessário para o funcionamento da Hidrovia, causando prejuízos financeiros, econômicos, sociais e ambientais ao Estado de Minas, concluído o derrocamento, será lembrado como “águas passadas”.

4 – Assim sendo, os armazenamentos nos reservatórios das usinas hidrelétricas das bacias dos rios Grande e Paranaíba, incluindo Furnas e Itumbiara, poderão ser mais preservados, com maior flexibilidade operativa, em benefício do setor elétrico e dos usos múltiplos da água.

O aprofundamento do leito do rio Tietê em trecho de 16 km, no município de Buritama/SP, logo abaixo da eclusa da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava, possui impacto relevante para o escoamento logístico da produção de grãos, por meio da Hidrovia Tietê-Paraná, que integra importante sistema de transporte multimodal, funcionando como corredor de exportação. Serão investidos R$ 300 milhões nas obras ao longo dos próximos anos. O contrato para a retomada da obra foi assinado pelo governo de São Paulo na sexta-feira passada (17).

Para garantir a aplicação dos investimentos necessários para conclusão das obras, serão utilizados recursos financeiros obtidos a partir da exploração de potenciais hidrelétricos, por meio da Conta do Programa de Revitalização dos recursos hídricos na área de influência dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Furnas, por meio da Lei nº 14.182, de 2021.

Os recursos também serão destinados, ao longo dos próximos dez anos, para promoção de ações voltadas à ampliação da quantidade de água para assegurar o uso múltiplo nas Bacias dos Rio Grande, Paranaíba, Tietê e Paraná, beneficiando o Distrito Federal e os Estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, totalizando R$ 2,3 bilhões.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o trabalho para o desenvolvimento de ações que visem o desenvolvimento econômico e social do país.

Desde o início do nosso trabalho no MME, focamos em identificar soluções criativas que estruturalmente beneficiem os setores de energia e mineração e, por consequência, tragam redução de custos ao consumidor. O derrocamento da hidrovia Tietê – Paraná é estratégico para setores de energia, agrícola e de transportes e trabalharemos em conjunto com os demais envolvidos para garantir a entrega desta solução ao povo brasileiro”, afirmou Silveira.

Além do benefício para segurança da operação da hidrovia, o derrocamento beneficia o Sistema Interligado Nacional (SIN), tendo em vista que recursos hídricos armazenados nas usinas hidrelétricas Ilha Solteira e Três Irmãos poderão ser utilizados sem prejuízo à navegabilidade e à segurança da operação.

Histórico

Em 2021 e 2022, a navegação de longa distância na hidrovia foi suspensa devido aos baixos níveis de armazenamento em toda a cascata do rio Paraná. Com a contratação das obras remanescentes em março deste ano, retoma-se a expectativa em relação à sua conclusão em benefício aos consumidores brasileiros de energia elétrica e dos usuários de recursos hídricos.

A possibilidade de utilização do volume compreendido entre as cotas 325,4m e 323,0m nos reservatórios dessas usinas hidrelétricas, com o derrocamento, pode disponibilizar, anualmente, uma geração da ordem de mais de 450 MWmédios por período de seis meses, o que corresponde a cerca de 1,4% da capacidade máxima de armazenamento de energia do subsistema Sudeste/Centro-Oeste. Esse novo recurso produz um impacto positivo de cerca de R$ 300 milhões para os consumidores de energia elétrica.

 

Fonte: Ministério de Minas e Energia

 

COMPATILHAR: