O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o inverno do Hemisfério Norte deve provocar um novo aumento dos preços do petróleo. A declaração ocorreu em uma reunião conjunta entre a Comissão de Infraestrutura e a Comissão Temporária do Senado para discutir as causas da crise energética.

“O que ocorreu? Por que houve aumento? Principalmente pela alta do petróleo, 60% só em 2021, e com tendência, com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, de subir um pouco mais”, disse o ministro.

Segundo Bento Albuquerque, a produção de petróleo no Brasil aumentou em 2021, mas diminuiu no restante do mundo, o que teria gerado uma crise de oferta e demanda. Citando o preço do barril de petróleo, o chefe da pasta também atribuiu a alta da gasolina e do diesel à desvalorização do real em comparação ao dólar.

“O preço saiu de US$ 66, em janeiro de 2020, e o valor subiu, hoje está em US$ 84. E se formos ver a desvalorização cambial, o dólar saiu de R$ 4 em janeiro de 2020 e hoje está em R$ 5,55. Isso tudo leva a aumento nos preços dos combustíveis”.

Possíveis medidas de redução de preços

Porém, Bento Albuquerque defendeu a atual política de preços da Petrobras e negou que haja qualquer interferência sobre a estatal. Uma das medidas estudadas pelo governo para conter os preços dos combustíveis, segundo o ministro, é a criação de uma “reserva estabilizadora de preços”. A proposta é semelhante à de um fundo de equalização, sugerido pelos governadores ao Ministério da Economia.

O objetivo seria reunir um montante que seria aplicado quando houver “volatilidade muito grande” nos valores cobrados pelos combustíveis. O ministro Bento Albuquerque classificou a ideia como um “colchão estabilizador”.

Albuquerque também deverá comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, em data ainda a ser marcada, para debater a situação dos combustíveis. Além dele, a CAE convidou o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

Fonte: O Tempo

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