Boate Kiss, massacres em escolas, menores comprando bebidas, cigarros e vapes como se fosse bala, eventos sem segurança mínima… até quando o país vai fingir que não vê?

O incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), matou 242 jovens em 2013 e expôs falhas gritantes de segurança. Mais de dez anos depois, pouco mudou. O caso virou símbolo de um país que chora na hora da tragédia, mas esquece rápido quando as câmeras se apagam.

A mesma cena se repete nas escolas, alvos de ataques violentos que chocam o país por alguns dias, mas logo desaparecem das manchetes sem gerar mudanças reais.

Agora, o debate gira em torno da bebida alcoólica falsificada. Mas o problema é muito maior: menores de idade têm acesso diário a álcool, cigarros e até vapes — produtos que destroem silenciosamente milhares de vidas.

Enquanto isso, eventos, clubes e parques funcionam sem salva-vidas, brigadistas ou ambulâncias. Tragédias anunciadas que só ganham atenção depois que vidas já foram perdidas.

No meio disso, políticos e “influenciadores de ocasião” surfam no populismo, oferecendo frases de efeito em vez de soluções.

O Brasil não precisa de comoções passageiras. Precisa de responsabilidade permanente. Até quando vamos aceitar a morte como manchete e o esquecimento como resposta?

 

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