O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) classificou como “ideologia genocida” a fala do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), contra eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na sexta-feira (2), durante a inauguração de uma escola no interior do estado, o governador petista afirmou que os eleitores de Bolsonaro “poderiam ir todos para a vala”.
Em seu discurso, Jerônimo criticou o ex-presidente por sua conduta durante a pandemia da Covid-19 e afirmou que Bolsonaro vai pagar a conta dele. “Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia, sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele, e quem votou nele podia pagar também a conta. Bota uma enchedeira. Sabe o que é? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo para a vala”, afirmou o petista.
Nikolas Ferreira usou suas redes sociais para criticar a fala de Jerônimo e afirmou que falas agressivas como a do governador petista, quando são ditas por políticos de direita, recebem outro tratamento.
“Governador da Bahia, Jerônimo, sugere ‘levar bolsonaristas para a vala’. Eles podem falar o que quiserem. Até mesmo pregar morte aos seus opositores. Quando eu digo que se pudesse, esse pessoal matava a gente, duvidam. E ainda tem quem acredita que estamos lidando com apenas políticos com pensamentos contrários – não. São movidos por uma ideologia genocida”, escreveu Nikolas.
O deputado estadual baiano Diego Castro (PL) apresentou uma denúncia no Supremo contra o governador Jerônimo Rodrigues. Ele alegou que o petista extrapolou os limites do discurso político e usou o cargo para atacar adversários.
Pedido de desculpas
Nesta segunda-feira (5), Jerônimo pediu desculpas aos que se sentiram ofendidos e afirmou que sua fala foi distorcida.
“Nós criticamos a forma que alguém deseja a morte do outro. Eu sou uma pessoa religiosa, de família, e não vou nunca tratar qualquer opositor com um tratamento deste. Foi descontextualizada Eu apresentei minha inconformação de como o país estava sendo tratado e dei o exemplo da pandemia (…) se o termo vala foi pejorativo ou forte, eu peço desculpas. Não tenho problemas em registrar se houve excessos na palavra. Não houve intenção nenhuma de desejar a morte de ninguém”, afirmou o Jerônimo
Fonte: Marcelo da Fonseca – Itatiaia