O líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Zucco (PL-RS), criticou duramente nesta quarta-feira (13) a Medida Provisória (MP) anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prevê um plano de contingenciamento em apoio a empresas nacionais. Segundo o parlamentar, a medida é “meramente paliativa, eleitoreira e incapaz de resolver o problema real”.
Em nota oficial, Zucco afirmou que o plano “não devolve mercados perdidos e não reverte a crise comercial que o próprio governo ajudou a criar”. Ele acrescentou ainda que “o que o país precisa é de responsabilidade, seriedade e diplomacia profissional — e não de maquiagem eleitoreira disfarçada de programa de auxílio”.
O deputado também direcionou críticas à política externa do governo, alegando que o melhor apoio que poderia ser dado às empresas brasileiras seria “parar de atacar os Estados Unidos — inclusive nos fóruns internacionais, como o Brics, onde Lula tem reiteradamente usado o espaço para criticar Washington e reforçar alianças com regimes autoritários e hostis ao Ocidente”.
Zucco também acusou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de utilizar o anúncio da medida como “palanque político”. Haddad é considerado um dos principais nomes cotados como sucessor de Lula dentro do PT. Segundo o parlamentar, o ministro estaria “pintando” o Brasil como um país “plenamente democrático, sem censura e sem perseguição”, quando, de acordo com ele, o país é visto com desconfiança no exterior por causa de sua “política externa ideologizada”.
A crítica se estendeu ao Judiciário, com uma indireta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Um Judiciário parcial que promove abusos e censura contra opositores”, declarou o deputado.
A medida anunciada pelo governo federal ocorre uma semana após o chamado “tarifaço” de 50% sobre exportações brasileiras, e deve ter um custo estimado de pelo menos R$ 30 bilhões. O pacote visa conter os impactos do cenário internacional sobre a indústria nacional, mas vem sendo recebido com ceticismo por parte da oposição.
Com informações do Metrópoles