Sete anos após, de acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, cometer lesão corporal grave contra a própria enteada, um homem de 28 anos está preso preventivamente.
O investigado foi detido na manhã desta quarta-feira (18), durante a segunda fase da operação Égide. Ele pode pegar até 5 anos de prisão pelo crime, cometido no bairro Mantiqueira, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte.
Segundo o inquérito, a vítima era filha da então companheira do homem e, em 2017, chegou ao hospital Odilon Behrens em estado gravíssimo.
Responsável pelo caso, o delegado Diego Oliveira afirma que o padrasto chacoalhou o bebê por supostamente ter se irritado com alguma atitude dela. Diego detalha a situação em que ficou a garota, que segundo ele, esteve perto de morrer devido às agressões.
“Ela deu entrada no hospital com quadro de convulsão, com risco severo de morte, e imediatamente os médicos constataram que ela apresentava um quadro neurológico de natureza grave. Os exames determinaram que ela foi vítima de um chacoalho, que causa um efeito-chicote no pescoço. As agressões geraram risco à vida daquela bebê”, pontua o delegado, que também diz que o suspeito não deu nenhuma explicação para as agressões.
Diego também explica o porquê a prisão do investigado pelo crime levou sete anos. O delegado cita a complexidade dos exames e as também possíveis atitudes tomadas pelo suspeito durante o andamento do inquérito.
“A investigação demandou muitos estudos médicos para entender o tamanho das lesões e foi encerrada pela PCMG apenas em 2023, pelas características dos exames médicos legais que o revisaram ser aprofundados. São quatro tipos de laudos periciais que foram realizados. Além disso, nesse meio tempo, ele cometeu uma violação à Lei Maria da Penha contra a genitora dessa criança, o que também pode comprometer o andamento do processo”, esclarece.
O homem foi encaminhado para uma penitenciária de Belo Horizonte e está à disposição da justiça. A criança agredida, hoje já com sete anos de idade, está bem.
Histórico criminal
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o investigado tem outros registros em sua ficha criminal. O homem já foi preso e condenado por roubo e, em 2020, chegou a ser preso por violência doméstica contra a mãe da bebê que ele agrediu. Durante o andamento do processo, ele teve outra filha com a mulher, mas hoje não tem mais relação com as vítimas.
Fonte: O Tempo