Não é só nas festas juninas que o milho faz bonito: o produto é responsável por gerar milhões em exportações para o agronegócio brasileiro.

O Brasil é, hoje, um dos maiores produtores de milho no mundo, só perde para os Estados Unidos e China. O grande destaque é Mato Grosso com mais de 40% da produção nacional, seguido por Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Em quinto lugar, Minas é responsável por 5% da produção de milho no país com cerca de 6,3 milhões de toneladas. De acordo com levantamento da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), entre janeiro e abril de 2025, as exportações totais de milho atingiram US$32 milhões e 105 mil toneladas, representando um aumento de 34% no valor e 573% no volume em relação ao mesmo período de 2024.

Dependendo da apresentação, o milho pode ser considerado legume, cereal ou semente, além de também ser matéria-prima para óleo. Enquanto cereal, ele é a estrela das festas juninas e teve um crescimento considerado “extraordinário” nas exportações do primeiro quadrimestre do ano. Foram US$22 milhões e 101 mil toneladas, um aumento de 1.200% em comparação com 2024. Nas outras categorias, os números somaram cerca de US$10 milhões, com o embarque de aproximadamente 3 mil toneladas em produtos.

“Para além da excelência em quitutes juninos, Minas Gerais é responsável por cerca de 5% da produção de milho no país. Nossa produção foi de 6,3 milhões de toneladas, o que nos coloca na 5ª posição do ranking nacional” informa o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Feliciano Nogueira. Os dados são da estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em maio de 2025 sobre a safra 2024/25.

A cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, ocupa a liderança na produção de milho no estado, conforme informações da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE, referentes ao ano de 2023. A produção total foi de 372,3 mil toneladas, equivalente a 4,49% da produção estadual.

Tradição junina

O protagonismo do milho nas festas juninas vem de uma tradição europeia, onde os agricultores celebravam a colheita do trigo, entre os meses de junho e setembro. Com a colonização do Brasil no Século XVI, o costume foi retomado utilizando o milho, já que o país não era grande produtor de trigo na época. No Brasil, as festas de São João coincidem com o período de colheita do milho. A tradição consiste em plantar durante a semana de São José, no mês de março, visando a colheita em junho.

O milho tornou-se um dos principais ícones das festas juninas pela sua versatilidade como ingrediente em diversos pratos típicos. Além do milho cozido em si, pratos como canjica, canjiquinha, pipoca, bolo de milho, bolo de fubá, broa e pamonha fazem a alegria das quadrilhas.

Além de gostoso, o milho também é bom para a saúde, sendo uma rica fonte de várias vitaminas, como A (benéfica para a saúde ocular), C (que fortalece a imunidade) e E (recomendada para reduzir o risco de doenças cardíacas).

Fonte: Giulia Di Napoli * , Giullia Gurgel / Itatiaia

 

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